Investing.com - Com os investidores à espera do discurso do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos sobre a política de estímulos à maior economia do mundo, as bolsas europeias recuperam progressivamente das perdas registadas depois de um início de sessão positivo.
Ben Bernanke deverá falar ao início da tarde desta quarta-feira perante o Congresso, mas enquanto as primeiras palavras não se fazem ouvir, os investidores parecem estar otimistas. É também assim em Lisboa, onde o PSI 20 recupera terreno. O índice principal da praça lisboeta já esteve a perder, mas entretanto inverteu para terreno positivo. A meio da jornada valorizava 0,76% para os 5.465,34, com 15 cotadas em alta, três em baixa e duas inalteradas.
A crise política instalada em Portugal, depois dos pedidos de demissão de Paulo Portas e de Vítor Gaspar, obrigou o país a pagar mais caro para emitir dívida esta quarta-feira. O Estado conseguiu colocar mais 1,5 mil milhões de euros de dívida no mercado, mas com os Bilhetes do Tesouro com maturidade a 12 meses pagou uma taxa de juro média de 1,72%, face aos 1,232% conseguidos no último leilão comparável. Na emissão a cinco meses, o juro foi de 1,045%, acima dos 0,041% do último leilão comparável.
O destaque da sessão na praça lisboeta pertence ao Banif. O banco tem estado sob forte pressão nos últimos tempos, no âmbito do processo de aumento de capital. Hoje as ações do Banif disparavam 21,05% para os 0,05 euros.
O setor da banca impulsionava os ganhos na praça lisboeta, animado pelas ações do BPI e do BES a subirem 1,71% e 1,18% para os 0,894 euros e 0,602 euros respetivamente. Os títulos do BCP apreciavam 1,14% para os 0,089 euros.
Também em destaque pela positiva estavam a Zon Multimédia a subir 4,05%, para 3,85 euros, enquanto a Mota-Engil avançava 1,84% os 2,544 euros e a Portugal Telecom avançava 1,65%, para 2,826 euros.
A impedir maiores ganhos estavam a Galp e a Semapa, a perder 0,85% e 1% para os 11,655 euros e 6,56 euros respetivamente. Os títulos da REN escorregavam 0,64% para os 2,162 euros.
Nas restantes praças de referência do velho continente, Espanha era a exceção à maré verde. O IBEX madrileno registava uma queda ligeira de 0,01%, numa altura em que a instabilidade política também se abateu sobre o país. Os socialistas pedem a demissão de Mariano Rajoy, pelo alegado envolvimento num esquema ilícito de financiamento partidário.
A praça de Atenas liderava os ganhos com uma subida de 1,35%, acompanhada por Milão, que valorizava 1,17%. O CAC francês e o DAX alemão apreciavam 0,36% e 0,27% respetivamente.
O FTSE londrino mantinha-se acima da linha de água com uma subida ligeira de 0,01%. O índice Eurostoxx 50 ganhava 0,36% para os 2.675,23.