Investing.com – Pela primeira vez desde o final de maio deste ano, a bolsa de Lisboa superou a barreira dos 6.000 pontos. Em linha com as congéneres europeias, o PSI 20 acentuou a tendência de ganhos do início da jornada e fechou a sessão a avançar 1,25% para os 6.036,43 pontos, com 12 cotadas em alta, seis em baixa e duas inalteradas.
Numa semana em que se prevê pouco volume de negócios devido à tranquilidade típica da época, esta terça-feira a praça lisboeta esteve em destaque acabando por liderar os ganhos no velho continente.
As praças europeias de referência beneficiam dos números hoje divulgados pelo Eurostat. De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia, a produção industrial na zona euro subiu 0,7% em junho face ao mês anterior. Em Portugal registou-se um recuo de 2,8%. Em relação a igual período do ano passado, a produção industrial nos países da moeda única subiu 0,3%.
No caso português registou-se um aumento de 2,2%. No conjunto dos 27 países da União Europeia, a produção industrial aumentou 0,9% em junho comparativamente ao mês anterior e 0,4% face ao ano passado.
O setor da banca foi o que mais contribuiu para os ganhos no mercado nacional, com especial destaque para as ações do BES e BCP que avançaram 5,08% e 5% para cotar nos 0,848 euros e 0,105 euros respetivamente. Os títulos do BPI somaram 1,98% para os 1,028 euros. As ações do BANIF mantiveram-se estáveis nos 0,012 euros, à semelhança do que tem vindo a acontecer nas últimas sessões. A recuar 0,02% estava o ESFG para cotar nos 5,249 euros.
A Portugal Telecom esteve a brilhar ao longo da sessão, em véspera de divulgação dos resultados referentes ao primeiro semestre, mas acabou por fechar com uma alta mais contida de 0,73% para os 3,16 euros por ação. Os títulos da PT foram os que mais puxaram pelo setor das telecomunicações, em zona mista. Os papéis da ZON Multimédia regrediam 0,2% para os 4,514 euros mas a Sonaecom contrabalançou ao apreciar 0,62% para os 1,798 euros.
A família Sonae manteve-se em terreno positivo com a casa mãe a avançar 0,94% para cotar nos 0,858 euros por ação e a Sonae Indústria a apreciar 2,04% para os 0,501 euros.
Também no "verde" fechou a Jerónimo Martins. As ações da dona do Pingo Doce avançaram 0,59% para os 15,305 euros.
O setor energético contribuiu igualmente para os ganhos em Lisboa, animado pela subida das ações da GALP em 0,83% para os 12,705 euros. A subsidiária EDP Renováveis ganhou 0,21% para os 3,85 euros. A casa mãe manteve-se inalterada nos 2,7 euros.
A Mota-Engil impediu maiores ganhos ao ceder 0,43% para os 2,772 euros por ação. A construtora terá entrado na corrida à modernização do aeroporto de Maputo juntamente com a Soares da Costa. A Portucel e a Semapa também pressionaram ao regredir 1,37% e 0,06% para os 2,661 euros e 6,736 euros respetivamente.
Na Europa, a "maré verde" do início da sessão veio para ficar com o índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da área da moeda única, a consolidar ganhos de 0,51% para os 2.841,61 pontos.
O DAX avançou 0,68%, no dia em que se ficou a saber que a confiança dos investidores alemães subiu para 42.0 pontos em agosto, face aos 5.7 pontos do mês anterior, superando as previsões dos analistas, que estimavam uma subida de 40.0 pontos este mês.
O FTSE londrino subiu 0,57% e o CAC francês 0,51%. O MIB italiano somou 0,68% e o IBEX madrileno 0,47%.
Do lado de lá do Atlântico, Wall Street acordou em terreno positivo, mas inverteu depois a tendência com o índice industrial Dow Jones a ceder 0,21% e o tecnológico Nasdaq 0,2%. O S&P 500 recuava 0,08%.
O Departamento de Comércio norte-americano anunciou hoje que as vendas a retalho nos Estados Unidos aumentaram 0,2% em julho, pelo quarto mês consecutivo. A subida ficou ligeiramente abaixo do esperado pelos economistas, que antecipavam um crescimento de 0,3%.