LISBOA, 28 Nov (Reuters) - A perda de isenção fiscal por parte dos fundos que investem em imobiliário é negativa para a Sonae Capital SONAC.LS , pois um possível abrandamento do mercado imobiliário em Portugal pode ser um obstáculo ao seu programa de alienação de activos, segundo os analistas do CaixaBank/BPI.
A Sonae Capital está presente no mercado imobiliário com o projecto de desenvolvimento turístico da Península de Tróia - TROIA RESORT.
"A Sonae Capital atingiu recentemente dois marcos importantes no seu programa de alienação de activos com a venda do projeto Efanor, no valor de 30 milhões de euros (ME), e o UNOP3 no Troia Resort de 20 ME", referiram.
"Ainda assim, o sector imobiliário representa 53 pct do nosso objectivo de EV para a empresa e um possível abrandamento do mercado imobiliário pode ser um obstáculo para a empresa vender mais activos, nomeadamente o fundo do WTC no Porto (12 pct do nosso objectivo)", afirmaram.
O Parlamento português aprovou ontem a revogação de um conjunto de normas para garantir que os fundos de investimento imobiliário (FII) perdem a isenção do imposto municipal sobre transmissões (IMT) e passem a pagar imposto em 2019.
A proposta de acabar com a isenção fiscal sobre o chamado IMT foi apresentada pelo Partido Comunista e teve o apoio do Bloco de Esquerda e do Partido Socialista.
Os analistas do CaixaBank/BPI realçam que estas são "notícias negativas para o mercado imobiliário global em Portugal, dado que o fim da isenção fiscal do IMT pode aliviar o ímpeto do mercado, particularmente num contexto de abrandamento dos valores do turismo (as dormidas 'overnight' no país entre Janeiro e Setembro de 2018 estão estáveis face ao período homólogo)".
Nota: Esta recomendação de investimento foi distribuída aos clientes do CaixaBank/BPI. O leitor deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou. (Por Patrícia Vicente Rua Editado por Sérgio Gonçalves)