Investing.com - Se ontem foi caso isolado, com uma queda acentuada, esta terça-feira a bolsa de Lisboa era acompanhada pelas praças europeias de referência nas perdas.
As atenções dos investidores, agora mais cautelosos, estão voltadas para o resultado da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos, que hoje arranca.
Do encontro deverá sair um veredicto sobre o corte, ou não, dos estímulos à maior economia do mundo, que na prática se traduzem na compra de obrigações no valor atual de 85 mil milhões de dólares por mês.
A condicionar o apetite dos investidores europeus está também um sinal de recuperação lenta da economia local, determinado por uma queda de 4,9% das vendas de automóveis no velho continente em agosto.
Na segunda sessão da semana, o PSI20 recuava 0,78% para os 5.971,27 pontos, com apenas duas cotadas em alta, 17 em baixa e uma inalterada.
O setor da banca voltava a exercer pressão, com destaque para as ações do BES, a tombarem 1,57% para 0,813 euros. BCP e BPI recuavam 1,02% e 0,65% para 0,097 euros e 0,92 euros respetivamente. O ESFG era a única cotada em terreno positivo, com um avanço de 0,27% para os 5,24 euros. Os títulos do BANIF mantinham-se inalterados nos 0,011 euros.
A castigar o mercado nacional estava também o peso pesado Jerónimo Martins, a recuar 1,41% para cotar nos 15,425 euros.
Entre as energéticas era a GALP quem liderava as perdas. As ações da petrolífera estavam a regredir 1,5% para 12,49 euros. Já a EDP cedia 0,22% para os 2,705 euros e a subsidiária EDP Renováveis regredia 0,03% para 3,985 euros.
A Zon Optimus era a única cotada em alta no setor das telecomunicações, a somar 0,12% para 4,14 euros. Sonaecom e Portugal Telecom depreciavam 1,08% e 0,34% para 1,928 euros e 3,219 euros respetivamente.
As restantes cotadas da família Sonae impediam maiores ganhos em Lisboa, com as ações da casa mãe a valerem 0,911 euros, resultado de uma queda de 0,98%, e as da Sonae Indústria a desvalorizarem 1,04% para 0,57 euros por ação.
No mercado de dívida, as 'yields' no mercado secundário estavam a descer em todas as maturidades, à exceção dos prazos a quatro e cinco anos.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da Zona Euro seguia no "vermelho", a recuar 0,35% para os 2.884,59 pontos. O IBEX madrileno destacava-se com perdas de 0,89% e o MIB italiano com uma queda de 0,65%.
O CAC francês cedia 0,46% e o FTSE londrino 0,38%, no dia em que são conhecidos números sobre a inflação no Reino Unido.
Na Alemanha, o Instituto ZEW divulga hoje números sobre o sentimento económico no país e na Zon Euro. O DAX caía 0,30%.