(Repete notícia divulgada ontem ao final da tarde)
LISBOA, 28 Jul (Reuters) - O Millennium bcp BCP.LS teve um lucro líquido consolidado de 89,9 milhões de euros (ME) no primeiro semestre de 2017, face ao prejuízo homólogo de 197,3 ME, com o maior banco privado português a capitalizar o aumento das receitas 'core' e a seguir com a redução de exposições problemáticas e do custo de risco.
Adiantou que a margem financeira - diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e pagos nos depósitos - teve um aumento homólogo de 12,9 pct para 678,5 ME no primeiro semestre de 2017 e as comissões subiram 3,1 pct para 330,3 ME, enquanto os custos operacionais desceram 7 pct para 450 ME.
O CEO Nuno Amado frisou que "este resultado beneficiou da melhoria constante do resultado core, que atingiu 558,6 ME no primeiro semestre de 2017, que compara com 437,1 ME no mesmo período do ano passado".
"É uma evolução muito positiva do resultado recorrente e tivemos uma evolução muito positiva das 'non performing exposures' e das 'non performing loans'", afirmou em conferência de imprensa.
"Tivemos uma boa evolução do negócio (...) temos uma situação patrimonial saudável (...) também ao nível do capital, foi um primeiro semestre felizmente de evolução positiva".
Acrescentou que o Millennium bcp está "num ano transitório, difícil e ainda complexo, mas está bem alinhado com os objectivos definidos para 2018".
Explicou que se verificou uma "redução muito significativa dos 'non performing exposures' (NPEs) - menos 721 ME no primeiro semestre de 2017 - e dos 'non performing loans' (NPLs) a mais de 90 dias NPL>90d - menos 471 ME milhões no mesmo período - em Portugal, com um aumento da cobertura total, incluindo garantias, para 105 pct.
Os NPEs em Portugal desceram para 7,8 mil ME em junho de 2017, "com ritmo muito elevado de redução desde 2013: média de 1,4 mil ME por ano".
Destacou que houve também uma redução significativa das novas entradas de NPL líquidas para 37 ME no primeiro semestre de 2017 contra 392 ME há um ano atrás.
O Millennium bcp adiantou que o custo do risco evoluiu favoravelmente para 118 pontos base (pb) no primeiro semestre de 2017 face a 234 pb há um ano atrás.
O crédito a clientes bruto desceu 2,4 pct para 51.684 ME e os recursos totais de clientes aumentou 5,2 pct para 66.070 ME, enquanto as imparidades de crédito líquidas de recuperações --caíram 49 pct para 415 ME.
O rácio 'common equity Tier 1' 'phased in' fixou-se em 13 pct em Junho último face a 12,3 pct há um ano.
(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)