(Repete notícia divulgada ontem ao final da tarde)
Por Sergio Goncalves
LISBOA, 25 Out (Reuters) - A Caixa Económica Montepio (LS:MPIO) Geral (CEMG) teve um lucro de 20,4 milhões de euros (ME) nos nove meses de 2017, contra o prejuízo de 67 ME no período homólogo, com uma sólida subida da margem financeira e das comissões, enquanto reduziu imparidades.
Em comunicado afirmou que rácio de capital core - common equity Tier 1 (CET1) 'phasing in' - ascendeu a 13 pct, contra 10,4 pct em Dezembro de 2016, "beneficiando do aumento de capital de 250 ME, da geração orgânica de capital e da redução dos activos ponderados pelo risco (RWAs) em 1.278 ME".
Realçou que "os rácios de capital não incorporam, ainda, o efeito estimado de mais 48 pontos base (pb) relativos à adesão ao regime dos ativos por impostos diferidos".
"O resultado líquido melhorou em 87,9 ME, para (um lucro de) 20,4 ME, assente na recuperação dos resultados da actividade comercial (negócio core) e na melhoria da eficiência da estrutura operativa", referiu a CEMG.
MARGEM SOBE
Adiantou que o produto bancário core aumentou 15 pct para 285,9 ME, com a margem financeira a subir 13,3 pct para 202,1 ME e as comissões a aumentarem 19,3 pct para 83,9 ME.
"Para este desempenho (da margem financeira) contribuiu a redução dos custos de financiamento, nomeadamente do custo dos depósitos a prazo e da dívida emitida, que foi superior ao decréscimo dos juros e rendimentos das carteiras de crédito, num contexto da redução das taxas de juro de referência no mercado", explicou.
O custo do risco de crédito reduziu-se para 0,95 pct, face aos 1,19 pct registados no exercício de 2016, "em resultado da política de rigor na concessão de crédito".
O total de imparidades e provisões constituídas apresentou uma redução de 5 pct para 141,2 ME.
"(Houve uma) redução de 50,3 pct das entradas de novos créditos em incumprimento, refletindo os critérios conservadores de concessão e uma melhoria do contexto", disse a CEMG.
Os resultados de operações financeiras dos primeiros nove meses de 2017 ascenderam a 66,7 ME e registaram um acréscimo de 51,3 ME face ao do mesmo período de 2016, "beneficiando da realização de mais-valias em títulos de dívida soberana".
CUSTOS CAEM
Os custos operacionais até ao final do terceiro trimestre de 2017 evidenciaram uma redução homóloga de 5,5 pct para 206,8 ME.
Para esta descida "contribuiu a conclusão do processo de racionalização da plataforma operativa, proporcionando uma melhoria da eficiência operacional, permitindo que o rácio Cost to Income se situasse em 54,4 pct".
Adiantou que os custos com o pessoal, excluindo os custos incorridos com o redimensionamento do quadro de colaboradores no montante de 32 ME, desceram 7,1 pct ou 9,7 ME.
A CEMG regressou ao mercado de dívida colocando, com sucesso, uma emissão de 750 ME com um prazo de 5 anos e com uma taxa de juro anual de 0,875 pct.
(Por Sérgio Gonçalves)