LISBOA, 18 Jan (Reuters) - As vendas a retalho da Sonae YSO.LS cresceram 7,2 pct para 5.198 milhões de euros (ME) em 2016, um recorde, apoiadas na expansão do universo de lojas no alimentar e nas receitas das recém-adquiridas lojas de vestuário da Losan e da Salsa, no segmento especializado.
No conjunto do quarto trimestre, as vendas da maior retalhista de Portugal subiram 8,8 pct para 1.452 ME.
As vendas saem praticamente em linha com a previsão para o ano de 5.169 ME do CaixaBI e de 1.420 ME do Barclays (LON:BARC) para o trimestre.
A Sonae MC, área de retalho alimentar, cresceu 5,6 pct no ano e, no último trimestre, alcançou um aumento de 6,6 pct do volume de negócios, "num desempenho impulsionado pelo crescimento de vendas no universo comparável de lojas", explicou a empresa.
No especializado, a Sonae SR, cresceu 11,2 pct, com as vendas no último trimestre do ano a aceleraram para 14,4 pct.
A Sonae frisou que a Worten, unidade para produtos tecnológicos, reforçou a quota de mercado em 10 pontos base.
A Sports & Fashion cresceu 31,3 pct, incluindo uma subida das vendas no universo comparável de lojas, "e beneficiando do contributo positivo do portefólio original, que nos últimos dois anos foi reforçado com a integração da Salsa e da Losan".
"Estes resultados são (...) igualmente importantes para os trimestres que se avizinham, uma vez que comprovam que possuímos a estratégia e recursos adequados para atingir os nossos objetivos", disse Luís Moutinho, CEO da Sonae MC.
"Este crescimento foi impulsionado por uma variação de vendas no universo comparável de lojas de 1,9 pct, ao mesmo tempo que continuámos a apostar na expansão das nossas lojas urbanas Continente Bom dia, e na melhoria contínua da nossa proposta de valor e perceção de preço".
O Haitong anunciou hoje a eleição da Sonae como uma das suas 'balas de prata' na Ibéria para o primeiro trimestre de 2017, não só pela avaliação atractiva, mas porque espera um aumento da rentabilidade na unidade de retalho especializado. executivos do sector e analistas, o vislumbre de estabilização das margens das retalhistas no terceiro trimestre de 2016, ancorada na retoma da economia, acalenta a esperança que chegaram ao fim anos de compressão da rentabilidade, mas a feroz e irracional guerra de descontos pode deitar tudo a perder. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Patrícia Vicente Rua)