Por Sergio Goncalves
LISBOA, 21 Ago (Reuters) - O lucro do grupo Sonae YSO.LS caiu 53% para 38 ME no primeiro semestre de 2019, com a comparação homóloga penalizada por uma mais-valia da venda de uma posição na Outsystems em 2018, apesar do aumento de 11% das vendas e da melhoria operacional.
O grupo anunciou que o lucro líquido consolidado aumentou 24% em base comparável, excluindo o impacto da venda da participação na Outsystems no segundo trimestre de 2018.
A Sonae, para além de deter a líder do retalho alimentar em Portugal Sonae MC, tem as lojas de retalho especializado Worten, Sport Zone, Zippy, controla a gestora de centros comerciais Sonae Sierra e possui mais de 23% da telecom NOS, entre outros negócios.
"A Sonae teve um primeiro semestre muito positivo, com forte crescimento, melhorias de rentabilidade e importantes marcos em termos de gestão de portefólio", disse Cláudia Azevedo, Chief Executive Officer (CEO) da Sonae.
Explicou que "o volume de negócios consolidado cresceu 11% para 2.985 ME, com uma contribuição particularmente forte da Sonae MC, um crescimento sólido na Sonae IM e uma melhoria de desempenho da Worten e Sonae Fashion no segundo trimestre".
"Dado este conjunto de resultados (...) permanecemos confiantes que 2019 será um ano muito positivo para a Sonae".
A subida do volume de negócios beneficiou "de um forte crescimento na Sonae MC - líder do retalho alimentar em Portugal - (+198 ME) e na Sonae IM (+21 ME), e também da consolidação da Sonae Sierra (+86 ME)".
A Sonae MC viu o volume de negócios aumentar 10% e ultrapassar a marca dos 2.000 ME, "sustentado por uma forte evolução do LfL em todos os segmentos - no total 3,9% no semestre e 6,7% no segundo trimestre".
O volume de negócios da Sonae IM cresceu 29,7% para 93 ME, "impulsionado sobretudo pela integração da Nextel e aquisição da Excellium".
O EBITDA subjacente cresceu 24,4% para 243 ME nos seis meses de 2019, com a margem EBITDA subjacente a aumentar 0,9 pontos percentuais (pp) para 8,1%; enquanto o EBITDA subiu 9,6% para 284 ME, tendo a margem EBITDA deslizado uma décima para 9,5%.
O investimento aumentou 25,3% para 189 ME, destacando-se "o investimento realizado pela Sonae MC na aquisição da rede de parafarmácias e cosmética espanhola Arenal e da Sonae IM na aquisição de participações na Cellwize e CB4".
Quanto ao capex de expansão, "a Sonae MC continuou o rápido programa de expansão, tendo realizado a abertura de 30 novas lojas operadas pela empresa, onde se incluem cinco Continente Bom Dia".
Afirmou que "continuou a reforçar a sua solidez financeira, tendo a dívida líquida da Sonae, em base comparável, diminuído 131 ME face ao primeiro semestre de 2018".
"Considerando as mudanças de portefólio ao longo dos últimos meses (nomeadamente os investimentos de capital na Sonae Sierra e Arenal), a dívida líquida total foi de 1.755 ME, sendo que o gearing do grupo está atualmente em 0,5x, tendo melhorado 0,1x face ao primeiro semestre de 2018".
O custo de dívida da Sonae permaneceu estável em 1,3% e "o perfil da maturidade média aumentou para mais de quatro anos".
"Excluindo a Sonae Sierra, a Sonae manteve a sua prática de estar integralmente financiada para os 18 meses seguintes com um custo de dívida estável de 1,0%", disse.
(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Catarina Demony)