A sessão de hoje foi de performance negativa para os principais índices de ações Europeus, após o governo de Espanha ter decidido avançar com o início do processo que conduzirá a utilizar o artigo 155º da Constituição de forma a retirar a autonomia à região da Catalunha.
O STOXX600 registou uma descida de 0,63% na sessão. 5 dos 19 principais setores tiveram uma performance positiva, com destaque para o setor da Tecnologia (+0,24%) e dos Recursos Naturais (+0,14%). Pelo contrário, o setor que mais caiu foi o dos Bens de Consumo (-2,00%) devido a títulos como a Unilever (LON:ULVR) (-5,84%), a SEB (-2,24%) e a Adidas (-1,92%). O PSI20 fechou a sessão praticamente inalterado (-0,02%). 8 dos 18 títulos fecharam positivos, com destaque para Sonae (LS:YSO) (+0,78%), EDP Renováveis (LS:EDPR) (+0,78%) e Galp (LS:GALP) (+0,77%). Os títulos mais pressionados foram Pharol (LS:PHRA) (-5,52%), Corticeira Amorim (LS:CORA) (-1,35%) e Mota-Engil (-1,13%).
Dia de performance mista para as yields a 10 anos dos governos da Zona Euro. No lado das subidas tivermos França (+0,4 p.b.) e Espanha (+1,7 p.b.), enquanto Alemanha (-0,1 p.b.), Itália (-1,3 p.b.) e Portugal (-4,0 p.b.) registaram quedas no dia.
Ewald Nowotny, governador do Banco da Áustria, referiu hoje que o Banco Central Europeu não poderá parar o programa de compras de títulos de forma abrupta, sendo que na reunião de setembro o banco central deve decidir as próximas medidas a serem tomadas em relação ao programa. Ewald Nowotny afirmou que existem bons argumentos para haver uma redução no programa de compras e que vê a inflação ficar abaixo dos 2% em 2017 e ainda mais abaixo deste valor em 2018.