Boa noite! Espero que se encontrem todos bem de saúde e aos demais níveis da vossa vida! Hoje irei dar continuidade a falar da “Reserva Federal”, mas com mais foco em algumas taxas que falei na parte 1 deste mini círculo de artigos a falar da “FED”. Vamos lá então!
Vamos então falar de taxas, quem não gosta de falar de taxas? Quem paga não gosta de falar, pelo lado contrário, quem recebe gosta de falar, hahah!
Quando a FED anuncia uma mudança na taxa de juro diretora, o que eles mudam, na verdade, é a faixa da Federal Funds Target Rate, ou em português, a Taxa Alvo dos Fundos Federais. O tamanho da faixa é por norma definida nos 25 pontos-base, como no momento atual, entre 3,75% e 4%. Nos títulos acima dos meios de comunicação digital no que respeita a área financeira em Portugal, é quase sempre publicada a meta superior, neste caso os 4%, como podem ver nos títulos que coloquei na imagem acima. Mas a verdade é que este é apenas um intervalo de um destino. Na parte 1 deste ciclo de artigos sobre a FED mencionei a FFR (Federal Funds Rate). Esta mesma (FFR) é tecnicamente chamada Federal Funds Effective Rate, ou em português, Taxa Efetiva de Fundos Federais, e não é definida pela FED, como possivelmente muita gente pensa, mas sim definido por dois bancos que emprestam um ao outro. Os Bancos podem pedir emprestado uns aos outros na taxa que quiserem.
E perguntam vocês e muito bem, então para que serve a (FFTR) que a FED define, se os Bancos emprestam a que taxa quiserem? A Taxa Alvo dos Fundos Federais é a FED a dizer que, “meus amigos (instituições financeiras) seria bom que vocês emprestassem dinheiro uns aos outros dentro do intervalo definido por mim (FED), pois, nós achamos que é o melhor para a economia ao momento atual”.
E perguntam vocês de novo, e se os bancos forem teimosos e quiserem fazer o que lhes dá na “gana”? A Reserva Federal não anda a dormir, muito pelo contrário, não é New York Fed? Então a “FED” têm algumas ferramentas para os bancos “andarem na linha”, pois, é a vontade, mas não é a vontadinha, correto Jerome Powell?
A primeira é a Overnight Reverse Repurchase Agreement Award Rate, ou em português, Taxa de Concessão do Contrato de Recompra Reversa. Esta taxa pode ser interpretada como o que permite que os participantes do “FFM” (Federal Funds Market) emprestem dinheiro a Reserva Federal durante a noite e recebam a respetiva taxa de juro. A Taxa descrita acima neste parágrafo é definida pelo FED, e é “SEMPRE” definida cerca de 5 pontos-base acima da parte inferior da faixa de (FFTR). Como emprestar dinheiro ao FED durante a noite, é a própria definição de “Risk Free”, a FED irá receber uma quantidade de dinheiro “infinito” desta maneira. Por isso pergunto-me: existe alguma razão neste mundo financeiro para que um banco empreste a outro, abaixo dessa taxa, e adicionando ainda, o risco comparável de um Banco Comercial contra a FED? Claro que não!
Obrigado!