USDCAD: Fraco sentimento económico no Canadá e possível correcção do crude poderão levar o par a valorizar
O sentimento económico do tecido empresarial do Canadá caiu de níveis elevados para território negativo pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2016, à medida que as empresas apontam para incerteza em torno do comércio global, do sector imobiliário, principalmente do segmento habitacional e do sector de energia, de acordo com os últimos dados revelados pelo Banco Central do Canadá.
O crude tem renovado máximos e mínimos relativos cada vez mais altos e, desde início do ano, já valoriza cerca de 38%. Embora se verifiquem algumas disrupções no mercado do petróleo, nomeadamente devido aos confrontos armados na Líbia, é provável que grande parte deste efeito já esteja descontado no preço e que o crude esteja perto de níveis de correcção técnica. Se este cenário se verificar é mais um argumento negativo para o dólar canadiano.
Referência técnica: O par encontra-se numa tendência ascendente de longo prazo e tem formado um triângulo simétrico desde início de Março, um clássico padrão de consolidação que, de modo geral, é acompanhado por um novo movimento no sentido da tendência vigente, pelo que existe uma grande probabilidade de o par quebrar este padrão em alta e chegar, numa primeira fase, a níveis perto dos $1,345.
XAUUSD: Optimismo com possível trade deal e euforia por proximidade de máximos motivam quebra de suporte
Não obstante os desenvolvimentos negativos da semana anterior – mais uma revisão em baixa das perspectivas de crescimento global, por parte do FMI; uma extensão do tempo para Brexit mais curta do que se esperava, não permitindo um maior alívio da incerteza; a ameaça de novas taxas alfandegárias por parte dos EUA à União Europeia; e a revisão em alta do défice orçamental e do peso da dívida pública, por parte do próprio governo italiano – o mercado accionista tem continuado a sua escalada, alimentada sobretudo por mais comentários de mercado pouco ou nada tangíveis de que as duas maiores economias do mundo estão perto de alcançar um acordo que ponha fim ao conflito proteccionista que travam há mais de um ano.
Simultaneamente, o velho aforismo que “máximos geram novos máximos” parece estar a ser verdadeiramente antecipado pelos investidores, com os mercados norte-americanos a uma distância inferior a 2% de máximos históricos, em pleno início de época de resultados.
Referência técnica: Esta euforia levou o ouro, cotado em USD, a quebrar um suporte conferido por uma linha de tendência ascendente vigente desde Janeiro, que pode também ser vista como neckline de um head & shoulders relativamente disforme. O ouro testa agora o suporte dos 38,2% da retracção de Fibonacci traçada no gráfico. Caso perfure este nível, a linha de tendência ascendente que vigora desde Agosto de 2018 será a próxima referência para quedas. Acreditamos que, no eventual contacto com essa linha, o mercado accionista já deverá ter testado os máximos históricos anteriormente alcançados, com a equação de rentabilidade-risco para posições longas em ouro a apresentar particular atractividade nestes níveis.
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