Descida das yields ao longo da curva soberana portuguesa desde o nosso comentário da semana passada, acompanhando um enquadramento mais favorável para a área da dívida de governos na área do euro, refletindo maiores dúvidas sobre a capacidade da administração Trump para avançar com as reformas na área orçamental, após os sinais de dificuldades para aprovar a reforma na área da saúde. De referir também as expectativas perante a última operação TLTRO do Banco Central Europeu e menores riscos políticos (tendo em conta as últimas sondagens para as presidenciais francesas), ambos suportando uma redução do spread da dívida portuguesa face à alemã, ao longo da curva. Estas notícias levaram a uma redução das expectativas de reflation e ajuste na política do Banco Central Europeu criadas nas semanas anteriores. Novos sinais de vulnerabilidade nos ativos de risco forneceriam um suporte adicional à dívida de governos nos próximos dias.
Observando a próxima semana, a eventual aprovação do American Care Act nos EUA seria provavelmente interpretada como uma notícia risk-on, diminuindo as preocupações do mercado com a capacidade da administração Trump para implementar as suas políticas. A evolução da cotação do petróleo poderá também ser importante, uma vez que a manutenção de preços mais baixos iria relembrar que os próximos meses poderão mostrar uma retração nas taxas headline de inflação, contribuindo para reduzir as expectativas de inflação.
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