A última semana mostrou decidas nas yields ao longo das curvas soberanas na área do euro, ainda reflexo das decisões anunciadas após o final da reunião de política monetária de outubro do Banco Central Europeu, mas também beneficiando da redução dos riscos em torno da situação na Catalunha e do abrandamento na taxa de variação homóloga para o índice harmonizado de preços no consumo na área do euro (de 1,1% para 0,9%), na leitura preliminar do Eurostat para o mês de outubro.
A (de facto) redução no ritmo mensal de compras por parte do programa APP passou para segundo plano, com os investidores concentrados na presença do Banco Central Europeu nos mercados por um longo período de tempo, tendo em conta a ausência de pressões inflacionistas. Aliás este tema poderá manter-se no centro das atenções, tendo em conta que esta segunda-feira o Banco Central Europeu realizará a primeira divulgação mensal do plano de amortização mensal dos títulos adquiridos pelo programa APP para os próximos 12 meses.
De qualquer forma, a melhoria na qualidade de crédito continua também a representar um importante suporte, como ficou esta semana relembrado pelos dados do PIB na região para o 3º trimestre de 2017 e pela revisão do rating de Itália (de BBB-/Stable para BBB/Stable) por parte da Standard & Poor's.
Portugal encontra-se hoje no calendário da DBRS (BBB low / Stable). Mais importante, pelas implicações que poderá ter, continua a ser a possibilidade de a Fitch colocar o rating de Portugal em Investment Grade a 15 de dezembro (à semelhança do que ocorreu com a S&P em setembro).
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