Comportamentos distintos ao longo da curva sobenana Portuguesa na última semana, com destaque para a descida das yields na parte intermédia. A manutenção do ambiente de subida das yields nas obrigações do Tesouro da Alemanha e dos EUA (após as últimas reuniões de 2016 de Banco Central Europeu e da Reserva Federal dos EUA) continuou a pressionar a parte mais longa da curva Portuguesa. A última semana mostrou também um aumento do spread face a Itália ao longo da curva, após a realização do referendo constitucional nesse país.
A antecipação de compras por parte do programa PSPP do Banco Central Europeu antes de serem suspensas a partir de 22 de dezembro (com as compras a serem retomadas no dia 2 de janeiro de 2017) poderá ter representado um suporte durante a última semana, tal como o posicionamento dos investidores (após as subidas nas yields das últimas semanas) e a redução das emissões em mercado primário com a aproximação do final do ano.
A redução no montante de compras mensais por parte do programa PSPP do Banco Central Europeu e os problemas colocados a Portugal pela manutenção do limite por emissão/emitente continuam a justificar uma opinião cautelosa para o início de 2017 para as yields e spreads da dívida Portuguesa. Aliás, o segundo semestre de 2016 mostrou já uma redução nos montantes de compras mensais realizadas pelo Banco de Portugal.
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