Forte subida para os principais índices de ações na sessão de ontem nos EUA, prolongando a tendência positiva observada nas últimas semanas (S&P500 +1,32%, DJIA +1,55% e Nasdaq Composite +1,14%). O S&P500 regista um ganho de 9,66% desde o início o ano. Entre os 11 principais setores do S&P500, apenas o das Farmacêuticas terminou a sessão no vermelho (-0,82%). Telecomunicações (+2,36%), Imobiliário (+2,21%) e Tecnologia (+1,90%) lideraram os ganhos no dia. A yield a 10 anos do governo dos EUA registou uma descida de 4,9 pontos de base para 2,341%.
Sessão de significativos ganhos para os principais índices de ações na Ásia, acompanhando o fecho positivo nos EUA: TOPIX +1,48%, HANG SENG +0,25% no momento em que escrevemos, HSCEI +0,74% no momento em que escrevemos, TAIEX +1,21%, KOSPI +1,97% e ASX200 +1,20%. A exceção foram os índices domésticos Chineses: CSI300 -0,16%, SHANGHAI COMPOSITE -0,21% e SHENZHEN COMPOSITE -0,62%.
O calendário económico permanece hoje com poucos motivos de interesse, sendo apenas de destacar as inscrições semanais nos centros de emprego nos EUA.
Toda a atenção estará na reunião do Banco Central Europeu, com a decisão sobre as taxas de juro a ser conhecida às 12h45. Será necessário esperar pela conferência de imprensa de Mario Draghi que terá lugar 45 minutos mais tarde para conhecermos as alterações ao programa APP, assim como as novas projeções económicas (incluindo pela primeira vez 2019).
Existe uma grande incerteza sobre as decisões que irão sair desta reunião. O mercado espera uma extensão do programa APP que neste momento termina em março do próximo ano. Contudo, a forma como esta extensão irá decorrer é incerta. Em primeiro lugar, no que diz respeito à manutenção do ritmo atual de compras mensais (atualmente 80 mil milhões de euros). Em segundo lugar, uma eventual alteração nos parâmetros do programa PSPP (passar a realizar compras de títulos com uma yield abaixo da taxa de depósito, deixar de respeitar o critério dos capital keys, alterar o limite por emissão/emitente dos atuais 33%).
As declarações recentes de Mario Draghi ao El País sobre "várias combinações de instrumentos envolvendo o montante mensal de compras ou o período de tempo durante o qual as compras são realizadas" sugerem que a política de comunicação do Banco Central Europeu será novamente decisiva para a forma como os mercados financeiros irão reagir às decisões que serão anunciadas.
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