Os bancos centrais voltaram a estar no centro das atenções na última semana, com as declarações de Mario Draghi (caráter transitório da baixa inflação), Mark Carney (possível necessidade de retirar parte das medidas de estímulo), Janet Yellen (economia forte para suportar taxas de juro mais elevadas), e Stanley Fischer (necessidade de acompanhar com atenção os elevados níveis de tolerância ao risco dos investidores).
A reação ao discurso de Mario Draghi no Fórum que teve lugar no início da semana em Sintra foi particularmente relevante. O final do trimestre pode ajudar a explicar a dimensão do movimento e a volatilidade observada, mas a divulgação da inflação preliminar na Alemanha para o mês de junho (ontem) reforçou a ideia de um mercado exposto a duration e ao tema de procura de carry, e, desta forma, sensível a sinais de continuação da normalização nas políticas monetárias nos EUA e na área do euro, mesmo que seja para manter um ritmo gradual e paciente, tendo em conta a fraca evolução da inflação e a expectativa em como as taxas de equilíbrio de médio prazo serão inferiores ao observado em ciclos económicos anteriores.
Desta forma, o movimento dos últimos dias irá, provavelmente, ter continuidade, tendo em conta o posicionamento dos investidores, principalmente a manter-se a recuperação na cotação do petróleo... A divulgação dos índices PMI/ISM e do relatório de emprego nos EUA para junho representa o destaque da próxima semana, na procura de sinais que confirmem um ambiente macro favorável nos EUA e na área do euro.
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