Hoje começo um artigo de forma diferente da habitual, os mercados são um “baloiço de emoções”, daí que há períodos mais positivos, e também períodos menos positivos, tal como sucede na nossa vida.
Eu costumo dizer a mim mesmo e a algumas pessoas com quem converso “a motivação faz começar, a disciplina faz continuar”, mas será que é mesmo assim?
Na minha opinião, sem “Motivação” a vida fica estagnada/não evolui. É uma força interior do ser humano, que nos leva a conquistar algo melhor para nós próprios e para o nosso meio envolvente. Quando existe a motivação, as atitudes que advém da motivação são aquilo, que precisamos para conquistarmos aquilo que queremos.
Podemos dividir a “Motivação” em duas vertentes, interna e externa: motivação interna, vêm do nosso propósito de vida (muitos vezes não está definido) e de crenças e valores (transmitidos pelos nossos pais e avós); motivação externa, vêm do ambiente em que vivemos e do status/reconhecimento social que queremos “ser, ao invés de parecer” aos olhos dos outros.
Em resumo, se estamos motivados, aprendemos e crescemos de forma constante. Pelo lado contrário, quando não existe essa mesma motivação, o desejo de evoluir perde-se, as coisas que antes nos davam prazer fazer, deixam de fazer sentido e passamos ao chamado “fazer por fazer ou obrigação existencial de apresentar alguma coisa perante os outros, enquanto o nosso compromisso devia ser connosco próprios, e o resultado de tudo isto é que não existe evolução pessoal.
Uma frase de Zig Ziglar diz-nos, passo a citar: “as pessoas dizem-me que a motivação não dura muito, o banho também não. Por isso, recomendo fazer as duas coisas diariamente”.
Causas possíveis para a falta de motivação:
Falta de confiança: quando acreditamos que não conseguimos fazer algo ou estamos convencidos de que não toleramos o sofrimento que determinada tarefa nos vai causar, daí que fica difícil estabelecer metas e objetivos.
Desconforto: quando a metas são difíceis de alcançar, o nosso cérebro arranja mecanismos para (mascarar) sentimentos como a tristeza, a frustração, e assim evitar o desconforto de certos desafios que nos são propostos diariamente.
Falta de compromisso: quando temos que realizar uma qualquer tarefa porque somos “obrigados” devido ao meio envolvente. Não existe um desejo genuíno, daí que é impossível haver motivação.
Estar cheio de tarefas: resolver muita coisa em simultâneo, pode trazer algum ‘stress’ a vida e é normal esse sentimento, mas a medida que uma boa dose de ‘stress’ é bom, a sobrecarga do mesmo, pode derreter a motivação.
Algumas formas de “arranjar” motivação:
Enganar o nosso cérebro: em vez de estarmos em sofrimento no sofá, devemos pensar o que poderíamos estar a fazer, em simultâneo, se eu estivesse motivado. Embora no momento de passar a ação a “motivação” não é verdadeira, mas fará sairmos do sentimento de inércia em que estávamos, e daqui pode surgir uma “motivação” genuína.
Pensar Positivo: quando estamos sem motivação, os pensamentos negativos dominam a nossa mente, e isso retira-nos margem de progressão. Devemos prestar atenção aos sinais que o nosso próprio “EU” nos proporciona, e tentar substituir esse pensamento negativo por um positivo. Ter uma caneta e um papel para escrevermos o porquê das coisas que nos vão surgindo em pensamento, julgo ser importante.
Regras dos 20 minutos: a procrastinação é um tema muito em voga no mundo atual. Devemos dar-nos a permissão ou privilégio, para deixar uma determinada tarefa ao fim de 20 minutos. Ao fim de decorridos estes 20 minutos, devemos perguntar-nos de forma honesta: queremos continuar ou ficar por aqui! Começar é sempre a parte mais difícil!!!
Existem “mil e uma formas” de “arranjar motivação”, mas o mais importante é estarem bem com vocês próprios, e fazerem as coisas ao vosso ritmo, e está tudo bem. Quando em algum momento, e caso precisem de um psicólogo, não há problema nenhum em ir a uma consulta, só custa dar o primeiro passo.
Obrigado e espero que tenham gostado! Abraço e bom fim de semana a todos.