Principais conclusões da análise técnica semanal:
- S&P500 - O índice continua a não mostrar sinais de enfraquecimento, não obstante continuarmos a ver sinais que interpretamos como sugerindo perda de momento nos indicadores técnicos do gráfico diário. Quebra do gap de abertura de 1 de novembro (2577 pontos/2583 pontos) seria visto como sugerindo o início de um período de consolidação;
- EuroStoxx50 - O índice testou já o nível mencionado na análise da semana passada, ou seja, os máximos anteriores de maio. Deterioração de alguns indicadores técnicos do gráfico diário cria riscos de o recente período de retração poder ter continuidade, não obstante alguma tentativa de estabilização que possa ocorrer no curto-prazo;
- PSI20 - Com o PSI20 novamente junto dos seus máximos anteriores de junho/julho, observaremos a capacidade do índice em mostrar sustentação. Indicadores técnicos do gráfico diário continuam em perda, o que reduz, em nosso entender, a capacidade de o índice para encontrar sustentação neste patamar. Vemos riscos de o período de retração ainda não estar terminado;
- BOVESPA - Com o índice já abaixo do mínimo de 27 de setembro (73125 pontos), e depois dos indicadores técnicos do gráfico diário terem apresentado uma forte queda, veremos até que ponto o Bovespa conseguirá apresentar uma estabilização no curto-prazo. Continuamos a ver riscos de uma maior aproximação aos 71347 pontos;
- WTI - O RSI do gráfico diário atingiu uma significativa condição de overbought. No curto-prazo, a nossa atenção, estará num eventual movimento de consolidação em direção máximos de janeiro e fevereiro ($54,51/$55,24). Enviesamento positivo mantido inalterado, tendo em conta o enquadramento técnico e os sinais de momento positivo observados;
- Ouro - Indicadores técnicos do gráfico diário dão sinais de recuperação, o que poderá ser importante para confirmar a estabilização do ouro. Vemos como possível um movimento de recuperação em direção à média móvel de 50 dias ($1296), ou mesmo para os $1309, nível correspondente a uma recuperação de 50% da queda entre 8 de setembro e 6 de outubro;
- Eurodólar - Com o MACD do gráfico diário num nível baixo e o RSI a dar sinais de estabilização, testaremos a hipótese de o euro conseguir apresentar um movimento de recuperação no curto-prazo. Contudo, não estamos ainda preparados para colocar de parte os riscos de ser possível, posteriormente, uma maior aproximação aos 1,1423$/€;
- Gráficos em destaque esta semana - Segundo os relatórios do Commitments of Traders, as posições especulativas longas no euro registam apenas uma ligeira retração face aos seus máximos recentes. A taxa breakeven a 10 anos das obrigações do tesouro dos EUA tem permanecido estável ao longo dos últimos meses, não acompanhando o aumento dos riscos de inflação criado pela evolução das matérias-primas.