Conclusão: à semelhança do mês anterior, a leitura dos indicadores do Banco de Portugal para o mês de agosto reforçam a ideia de estabilização (ou mesmo ligeira recuperação) no ritmo de expansão anual da economia no 3º trimestre de 2016, após o abrandamento observado no 1º semestre do ano. Mesmo assim, a leitura de agosto permanece abaixo da média observada para o atual ciclo económico, o que sugere que o ritmo de expansão da economia continua a ser modesto.
Adicionalmente, e como tinha já sucedido no mês de julho, o indicador coincidente do Banco de Portugal para a taxa de variação homóloga do consumo privado voltou a cair, encontrando-se em mínimos desde dezembro de 2013. Ou seja, depois do abrandamento observado no 2º trimestre de 2016 (de 2,6% para 1,7%), os sinais fornecidos por este indicador coincidente apontam para a continuação de um ritmo mais moderado de crescimento anual para o consumo privado. Esta evolução sugere que (para além do impacto da evolução do preço dos combustíveis) os ganhos resultantes da reversão de algumas medidas de austeridade por parte do governo Português provavelmente já terão esgotado o seu efeito.