Boa tarde! Espero que se encontrem todos bem de saúde e aos demais níveis da vossa vida! Hoje vou falar aqui sobre a possibilidade de uma recessão começar já no mês que estamos prestes a entrar. Vamos então prosseguir!
O “Bear Market” em renda fixa pode já ter acabado ou estar prestes a terminar, pelo menos até ao momento atual. A velocidade da desaceleração no que ao crescimento diz respeito nos últimos meses é portadora que uma recessão mais cedo ou mais tarde pode estar a bater-nos a porta. Se o raciocínio for validado, as tendências inflacionárias tendem a diminuir, e por isso, o fator surpresa desaparece da equação no curto/médio prazo.
O crescimento caiu muito mais rápido do que é normal antes de uma recessão. Uma recessão curta e dolorosa é bastante provável. Temos que tomar atenção aos dados que nos vão sendo dados, no primeiro semestre de 2022 a economia global foi atingida por uma China enfraquecida devido à sua política de “Covid 0", a guerra na Ucrânia, a questão energética e uma inflação galopante. Por tanto, temos aqui um belo de um cocktail que irá doer, quando a economia efetivamente começar a digerir.
O mercado, na minha opinião, já aceitou que uma recessão está quase a “bater à porta”, mas parece haver uma visão ampla difundida nos meios de comunicação social de que não chegará antes de 2023. Muito se deve ao mercado de trabalho estar fortíssimo, e também as pessoas estarem a assumir uma postura de que a queda até a próxima recessão seguirá de forma lenta. Mas, é sabido que o mercado de trabalho é um indicador desfasado da realidade, e por isso, tê-lo em conta para o futuro pode levar a um enviesamento do pensamento do investidor. Os fundamentos estão a ir de forma muito rápida abaixo, possivelmente mais rápido que o normal.
Em suma, se uma recessão estiver para muito breve, o “Bear Market” relacionado com o mercado de títulos é provável que acabe “por enquanto”. Aumentos acentuados nos rendimentos tendem a ser “esporádicos” — por norma ocorrem num período de 3 a 6 meses antes da “estabilização do mercado”. O mercado “deu como certo” o pico da taxa de fundos da Reserva Federal em junho, e a partir daí, as expectativas de inflação parecem ter atingido o seu pico, “pelo menos para já”. Nada é certo, mas as probabilidades dizem-nos que é improvável que a Reserva Federal tenha que subir de forma mais acentuada do que está atualmente, o mercado vai prontificando — caso suceda o oposto, é possível uma pausa nos aumentos das taxas antes do esperado para realmente observar se os aumentos atuais já tiveram o impacto que a FED deseja.
Obrigado!