Europa: a sessão foi negativa para os principais índices europeus de ações, acompanhando a forte descida nos índices dos EUA, com o sentimento afetado pela evolução do Facebook (-6,77%).
O STOXX600 fechou com uma perda de 1,07%. Apenas 2 dos 19 setores fecharam com ganhos: Imobiliário (+1,08%) e Viagens & Lazer (+0,37%). Recursos Naturais (-2,71%) e Tecnologia (-2,51%) foram os setores mais pressionados.
Em Itália, as notícias de ontem sugeriram que o Presidente, Sergio Mattarella, está inclinado a terminar apenas em julho o prazo para a formação de um novo governo.
Mercado de dívida de governos na Zona Euro: a sessão foi de descida para a maior parte das yields nas obrigações a 10 anos na região, com destaque para a periferia: Portugal (-1,8 pontos de base para 1,715%), Itália (-1,4 pontos de base para 1,956%) e Espanha (-3,2 pontos de base para 1,32%). Contudo, e apesar da queda nos índices de ações, as yields de Alemanha e dos EUA a 10 anos acabaram por não beneficiar particularmente do ambiente de risk-off, o que representará talvez dificuldade em avançar para níveis mais baixos antes da reunião desta semana do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA, após a descida observada nas últimas semanas.
François Villeroy de Galhau, Presidente do Banco de França e membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, referiu, num debate à margem da reunião do G20, que vê uma convergência das expectativas do mercado e do Banco Central Europeu relativamente à evolução futura da política monetária na área do euro.
Klaas Knot, Presidente do Banco Central da Holanda e membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, referiu que será difícil que o contexto macro na área do euro possa ainda melhorar mais. Contudo, espera a manutenção de uma evolução positiva. Considera que o output gap foi fechado no final de 2017, pelo que nos encontramos agora em fase de expansão. Considerou que o ciclo económico não deve depender exageradamente da política monetária, uma vez que, se as pressões inflacionistas aumentarem, os Bancos Centrais terão menos capacidade para suportar as economias. Mostrou maior confiança quanto à capacidade do setor bancário para absorver choques negativos.
Portugal: o PSI20 fechou com uma queda de 0,73%. 4 dos 18 títulos do índice encerraram positivos no dia, com destaque para Navigator (+1,6%), BCP (LS:BCP) (0,7%) e Pharol (LS:PHRA) (+0,4%). Do lado das perdas, tivemos EDP Renováveis (LS:EDPR) (-2,0%), REN (LS:RENE) (-1,7%) e Corticeira Amorim (LS:CORA) (-1,6%).
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