Bunds e Treasuries permanecem suportados pela incerteza em torno da Coreia do Norte, bancos centrais cautelosos e ambiente de modestas pressões inflacionistas. Em termos do que poderá provocar uma alteração neste contexto, a nossa atenção encontra-se, para já, na evolução da cotação do petróleo e no fluxo de notícias em torno da discussão da reforma fiscal nos EUA.
Descida das yields e perda de inclinação das curvas soberanas na área do euro, em reação à conferência de imprensa de Mario Draghi após o final da reunião do Banco Central Europeu (BCE) de setembro. Notícias anteriores tendo por base "fontes do BCE" tinham já remetido uma maior visibilidade quanto a alterações no programa QE para as reuniões seguintes (Mario Draghi apontou ontem para a reunião de 26 de outubro).
A manutenção do easing bias para o programa QE insere-se bem na ideia de manter o programa open-ended, enquanto a indicação em como as taxas de juro serão mantidas aos atuais níveis por um período extenso de tempo e até bem depois do final do programa QE confirma a ideia de utilizar o forward guidance para mostrar que a política monetária permanecerá expansionista, num momento em que o BCE se prepara para reduzir o ritmo mensal de compras de ativos. A mensagem em termos de enquadramento económico foi positiva (com a previsão para o crescimento do PIB em 2017 a aumentar de 1,9% para 2,2%), após o forte 1º semestre. Permanece a confiança de uma aceleração gradual da inflação em direção à meta do BCE, não obstante a significativa redução na taxa de inflação, depois de excluir alimentação e energia, prevista para 2019, de 1,7% para 1,5%.
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