É do conhecimento geral do mercado/investidores que o crescimento global está desacelerando rapidamente e que as perspetivas de inflação não são as mais animadoras. Os bancos centrais dos países desenvolvidos estão a subir as taxas de juros de forma mais agressiva que o expectável e as moedas, de acordo com os dados macroeconómicos que vão surgindo, reajustam-se.
No consenso de analistas/mercado, é esperado que o dólar continue a sua caminhada crescente por mais uns meses, tal e qual, como se têm visto até agora. A economia dos EUA é a economia mais forte do mundo, e a FED (Reserva Federal Norte-Americana) está a restringir ao máximo o crescimento da sua economia, para assim atenuar as pressões inflacionárias que se vão notando por estes dias. No mundo aparte dos EUA, temos um crescimento fraco, inflação “galopante” (provocada/impulsionada) pelos altos preços de energia e das matérias-primas, redução dos salários reais, “obrigando” assim os bancos centrais ao redor de mundo, a subir o que eles não queriam que subisse (Taxa de Juro Diretora).
O aviso de uma recessão global está bem presente nas diversas economias ao redor do mundo. Embora muitos investidores possam dizer que o dólar está acima da sua valorização, verdade é que, em cenários de recessão, o $ tende a ser um porto-seguro para os investidores na sua generalidade. Até que, o crescimento global esteja estabilizado, o dólar continuará a mostrar porque é a moeda número “1” do mundo.
Quando se vê o comportamento do Iene japonês, é possível observar-se que o comportamento da moeda têm uma correlação quase perfeita com o rendimento dos títulos do tesouro a 10 anos dos USA. A medida que o rendimento dos títulos aumentam, o iene diminui. Basta olharmos para as políticas dos Bancos Centrais de ambos os países, a FED está restringindo a política monetária, por seu lado, o Japão continua comprometido com a política de taxa de juros zero.
Duas questões pertinentes são: quando o FED irá interromper o seu ciclo de subida de juros ou se reverterá o mesmo; a outra questão grande questão é quando abandonará o Banco Central do Japão a sua política de taxa de juros zero.
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