O S&P500 registou na sessão de ontem uma subida de 0,65%, atingindo novos máximos históricos (Dow Jones +0,58% e Nasdaq Composite +0,95%). Dos 11 principais setores que compõem o S&P500, apenas 2 setores acabaram o dia no vermelho: o setor dos Recursos Naturais que desceu 0,22% e o setor das Industriais que desceu 0,13%.
No Brasil, decorreu ontem a votação final no Senado para aprovar o limite na despesa orçamental (54 votos a favor vs. 16 votos contra). A atenção vira-se agora para a reforma da segurança social, outra importante reforma para dar confiança ao Banco Central do Brasil de modo a acelerar o ritmo de descida na taxa de juro SELIC.
Sessão relativamente fraca para os principais índices de ações na Ásia, com os investidores à espera do final da reunião de dois dias do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA. Destaque, contudo, para os ganhos do índice da Austrália ASX200 (+0,71%).
Em termos do calendário económico para hoje, uma referência o relatório de emprego de outubro no Reino Unido, a produção industrial de outubro na Zona Euro e as vendas a retalho e produção industrial de outubro nos EUA. Em Itália, realiza-se hoje no Senado o voto de confiança relativamente ao novo governo.
Contudo, a atenção dos investidores deverá estar concentrada no final da última reunião de 2016 para o Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA.
- É esperada a segunda subida de taxas para o atual ciclo (para 0,50%-0,75%), num momento em que os mercados financeiros têm estado a reagir à expectativa de alterações na política orçamental após a eleição de Donald Trump, com possível impacto no enquadramento económico no que se refere ao ritmo de expansão e no nível de inflação, numa economia que se encontra já próxima de uma situação de pleno emprego;
- O Comunicado do Comité (às 19h00 hora Portuguesa) deverá reconhecer a melhoria nas condições económicas, a evolução favorável do mercado de trabalho e a subida das medidas de mercado para as expectativas de inflação. Espera-se que Janet Yellen na sua conferência de imprensa (19h30) refira que a política monetária deverá manter-se dependente da evolução dos dados económicos, remetendo uma avaliação para eventuais alterações na política orçamental para quando existir maior visibilidade;
- De qualquer forma, será interessante ver quais as alterações que os “dots” poderão mostrar (expectativas para a evolução da taxa de juro), no sentido de indicar até que ponto os membros do Comité incorporaram já nas suas perspetivas o impacto de eventuais alterações na política orçamental. Com o mercado já à espera de uma subida de 25 pontos de base, a atenção estará em eventuais revisões em alta para os “dots” ou nas projeções para a inflação, no sentido em que apontariam para um ritmo de subida de taxas mais rápido no futuro. As indicações fornecidas pelos discursos de membros do Comité nas últimas semanas sugerem que será ainda provavelmente cedo para alterações na política de comunicação, mantendo-se a indicação de um ritmo gradual de subida de taxas.
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