EURUSD: Retoma do sentimento negativo reactiva actual perfil de refúgio do dólar norte-americano
Apesar da divulgaçã das métricas de inflação CPI relativas a Agosto, na Zona Euro, aquém das expectativas, na passada semana, e dos indicadores de actividade económica PMI relativos à manufactura terem desapontado, ontem, em França, Alemanha e Zona Euro, o EURUSD subiu, sugerindo que os investidores em mercado cambial estão conjunturalmente focados nas tensões comerciais em detrimento de indicadores macroeconómicos.
A passada semana contou com um desenvolvimento surpreendentemente positivo na esfera do comércio internacional, os EUA e o México alcançaram um acordo construtivo em relação à alteração dos termos do acordo comercial NAFTA. Não obstante o Canadá, terceiro interveniente neste acordo, ainda divergir dos interesses norte-americanos, o mercado parece estar a antecipar um desfecho favorável. Dum ponto de vista de sentimento para o EURUSD, este factor acabou por ofuscar o impacto negativo de Trump ter reiterado que aplicará taxas alfandegárias sobre USD 200 mil milhões de importações chinesas esta quinta-feira, dia 6, perante as quais, a China prometeu retaliação.
Referência técnica: O regresso do sentimento negativo aos mercados financeiros voltou a favorecer o USD como activo de refúgio. Ainda que antecipemos que a divulgação do indicador macroeconómico mais preponderante – criação de emprego na economia líder mundial – introduza maior volatilidade para o EURUSD, acreditamos que o par deverá procurar a região de suporte situada em 1,1540 – 1,1510.
AUDNZD: Continuação da tendência altista apresenta oportunidade com risco/retorno apelativo
Na presente semana a Reserva Australiana decidiu manter a taxa de juro directora em 1,5%, sendo que a taxa de referência para a Nova Zelândia é de 1,75%. Ainda assim dia 8 de Agosto, Adrian Orr, governador do Banco Central da Nova Zelândia na sua habitual conferência de imprensa admitiu que poderia atrasar o próximo aumento de taxas à semelhança dos restantes bancos centrais. Na sequência desta visão de atrasar o aumento das taxas, o par reagiu com um movimento de alta bastante expressivo, pelo que será razoável admitir que o par poderá continuar a reagir com alguma força em alta até serem divulgadas notícias em contrário sobre a política monetária destes dois blocos económicos, nomeadamente da Nova Zelândia.
Referência técnica: Durante metade do ano de 2017, o par apresentou uma performance negativa, sendo que em Abril de 2018 atingiu uma linha de tendência a longo prazo e encetou um movimento de alta que acabou por formar um canal ascendente com bastante poder preditivo. Actualmente o par encontra-se na base do canal, suportado pela média móvel de 100 dias e a quebrar uma bandeira de correcção, o que significa que existe elevada probabilidade de um novo movimento de alta, retomando o canal.
Euro Stoxx 50: Principal índice accionista pan-europeu aproxima-se de nível de suporte
As bolsas europeias têm sido penalizadas por quedas pesadas desde o início da semana, trazendo alguns índices accionistas de referência para níveis de suporte. Amanhã, sairão dados dos índices de gestores de compras (PMI) relativos aos serviços na Europa, esperando-se um aumento mensal em vários países.
À medida que nos aproximamos da revisão anual dos componentes do índice, prevista para 21 de Setembro, alguns nomes começam a ser apontados. O Deutsche Bank (DE:DBKGn), que já desvalorizou 38,5% desde o início do ano, é uma das acções que poderão abandonar o Euro Stoxx 50, bem como a francesa Saint-Gobain e a alemã E.ON. Como novas entradas no índice, o grupo francês de bens de luxo Kering (PA:PRTP), a química alemã Linde (DE:LING) e a tecnológica espanhola Amadeus são os nomes esperados.
Referência técnica: O suporte nos 3.340 pontos poderá segurar o Euro Stoxx 50 a curto prazo e motivar uma recuperação temporária, que nos parece atractiva em termos de relação risco/retorno. Caso quebre o suporte, o índice tem espaço para cair até à zona de suporte nos 3.280 pontos. Outros índices de referência, como o DAX 30 e o IBEX 35, negoceiam dentro de canais de negociação descendente, pelo que novos mínimos relativos no Euro Stoxx 50 não seriam surpreendentes.
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