Por Laura Sánchez
Investing.com - Os mercados europeus estão a negociar no vermelho esta manhã. Os investidores continuam a acompanhar de perto as obrigações, cujos preços têm estado sob pressão desde ontem cedo, com um consequente aumento dos rendimentos.
"Esta é uma consequência, entre outros fatores, do forte aumento dos preços do petróleo na última semana, que o levou ao seu nível mais elevado desde 2018, algo que faz com que os investidores temam que a inflação elevada possa não ser tão temporária como os bancos centrais têm vindo a defender e possa acabar por afetar diretamente a recuperação económica, bem como condicionar as políticas monetárias mais do que o esperado, forçando os bancos centrais a retirar o seu estímulo mais cedo do que seria desejável", salienta a Link Securities.
"A este facto há que acrescentar o aumento generalizado do preço da eletricidade, que começa a criar sérios problemas em alguns países, a começar pela China. Em algumas regiões da China, as fábricas tiveram de encerrar, enquanto as famílias ficaram sem eletricidade, num esforço para cumprir os objetivos oficiais de utilização de energia", acrescentam os analistas.
"A segunda implicação deste problema é preocupante. Se mais fábricas chinesas forem forçadas a encerrar, isso poderá agravar os já elevados problemas enfrentados por muitas cadeias de abastecimento internacionais, criando novas pressões inflacionistas e até mesmo limitando a produção de muitas empresas", concluem.
A Goldman Sachs (NYSE:GS) aumentou ontem a sua previsão de preço do Brent para $90 (de $80 na sua revisão anterior). O banco também reduziu a sua previsão para o PIB da China em 2021 para 7,8% (de 8,2% anteriormente).
"O barril de referência europeu pode continuar a aumentar se o défice de produção se confirmar face à crescente procura antes da estação de Inverno", observa a Renta 4.