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ANP do Brasil vê 2.200 milhões barris óleo "in situ" parte de Carcará a leiloar

Publicado 26.10.2016, 08:05
© Reuters.  ANP do Brasil vê 2.200 milhões barris óleo "in situ" parte de Carcará a leiloar

RIO DE JANEIRO, 26 Out (Reuters) - A parcela do prospecto de petróleo de Carcará, no pré-sal brasileiro da Bacia de Santos, que será licitada no 2º leilão de Partilha em 2017, tem 2.200 milhões de barris de petróleo "in situ", o que indica uma reserva gigante, na avaliação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Uma estimativa "in situ" diz respeito a todo o volume de uma determinada área --geralmente apenas uma parcela dos volumes de uma jazida pode de fato ser transformada em produção.

"Para a parte que ainda não está licitada, nós estamos a estimar um volume de cerca de 2.200 milhões de barris de petróleo", afirmou na terça-feira a superintendente da definição de blocos da ANP, Eliane Petersohn, numa palestra durante o congresso de petróleo Rio Oil & Gas.

Eliane explicou que ainda não é possível afirmar qual o volume recuperável da área de Carcará que será leiloada. Mas, caso seja aplicado um factor de recuperação de 30 por cento, algo possível devido às informações que a agência já tem sobre a região, poderia produzir cerca de 600 milhões de barris de petróleo, característica de um campo gigante.

A área original de Carcará foi descoberta por um consórcio cuja operadora era a Petrobras PETR4.SA , em regime de concessão, e ainda está em fase exploratória.

A licitação da outra parte da reserva, prevista para o segundo semestre de 2017, será necessária porque parte de Carcará ultrapassa os limites do contrato de concessão para uma área da União no pré-sal.

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Em entrevista exclusiva recente à Reuters, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriad, afirmou que o volume da reserva de Carcará que será licitada é semelhante ao que pertence à área leiloada anteriormente.

A área, segundo Magda, é tida como uma das mais promissoras do leilão, já que os testes de produção feitos pelo consórcio indicaram alta produtividade.

A petrolífera estatal vendeu recentemente 66 por cento da parcela do bloco em que está a área de Carcará já licitada por 2.500 milhões de dólares à norueguesa Statoil STL.OL .

(Por Marta Nogueira)

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