LISBOA, 3 Mar (Reuters) - O Caixa Banco de Investimento mantém a "opinião positiva" sobre a EDP-Energias de Portugal EDP.LS , após esta empresa ter anunciado um lucro líquido superior ao previsto em 2016, embora a performance operacional não tenha surpreendido.
Ontem, a EDP (SA:ENBR3) anunicou que teve um lucro líquido consolidado superior ao previsto de 961 milhões de euros (ME) em 2016, subindo inesperadamente 5 pct face a 2015, quando encaixou fortes ganhos 'one off', com boa performance operacional da área liberalizada na Ibéria e aumento de eficiência, anunciou a EDP.
O maior grupo industrial de Portugal, que controla a EDP Renováveis (EDPR) EDPR.LS e a EDP-Energias do Brasil, adiantou que o EBITDA - Earnings before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization - caiu 4 pct para 3.759 ME e a margem bruta subiu 5 pct para 5.738 ME.
Uma Poll de sete analistas contactados pela Reuters previa que o lucro líquido da EDP deslizasse 1,5 pct para uma média de 899 ME em 2016 e que o EBITDA descesse 5,7 pct para 3.702 ME. da diminuição do custo médio da dívida de 4,7 pct em 2015 para 4,4 pct em 2016, os custos financeiros aumentaram 7 pct, sobretudo devido a efeitos não recorrentes de 120 ME relacionados com o pagamento antecipado de dívida mais cara.
Contudo, este efeito foi mais do que compensado por uma poupança fiscal não recorrente em 2016 de 163 ME.
"Em termos operacionais os resultados da EDP não apresentaram surpresas; o lucro ficou acima sobretudo devido a uma taxa de imposto inferior", disse a analista do Caixa BI Helena Barbosa.
"Mantemos a nossa opinião positiva na acção; aos preços atuais a EDP apresenta um dividend yield de 6,5 pct", acrescentou esta analista, que manteve a recomendação de Buy e um preço alvo de 3,5 euros.
As acções da EDP estão a descer 1,47 pct para 2,875 euros.
Nota: Esta recomendação de investimento foi distribuída hoje aos clientes do Caixa BI.
O leitor deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou.
(Por Sérgio Gonçalves)