LISBOA, 13 Out (Reuters) - A bolsa de Lisboa deverá abrir em baixa com a restante Europa, após a leve subida ontem de Wall Street, numa reacção suave à divulgação da acta da última reunião da Federal Reserve (Fed), que não alterou a aposta dos investidores de uma subida de taxas até ao fim do ano, segundo dealers.
Esta manhã, os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e os do francês CAC FCEc1 seguem a cair entre 0,10 e 0,63 pct.
** Vários membros votantes formuladores de política da Federal Reserve (Fed) acreditam que um aumento da taxa de juros seria justificado "relativamente em breve", se a economia dos Estados Unidos continuar fortalecer-se, segundo a ata da reunião de Setembro do banco central dos EUA, publicada na quarta-feira.
A ata da reunião dos dias 20 e 21 de Setembro, em que a Fed manteve as taxas estáveis, também mostrou o nível de divisão na instituição sobre o momento certo.
"Vários membros julgaram que seria apropriado aumentar o intervalo da meta para a taxa dos fundos federais em relativamente pouco tempo, se a evolução económica se desdobrar como... o esperado", disse o Fed na ata.
** Ontem, a Bolsa de Lisboa .PSI20 fechou a descer 0,21 pct e acompanhou o cenário negativo das praças europeias, com a telecom NOS NOS.LS e retalhista Jerónimo Martins JMT.LS a pressionar, enquanto os juros soberanos agravaram ligeiramente, segundo traders.
Os mercados accionistas europeus fecharam em queda ligeira esta quarta-feira, com a sueca Ericsson ERICb.ST a afundar para mínimos de oito anos após ter emitido um 'profit warning'.
** A 'yield' das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos ontem subiu três pontos base, num movimento geral do mercado de 'Bonds' soberanos, com um possível 'suave Brexit' e a incerteza sobre a direcção da política monetária a levarem os investidores a penalizarem esta área de activos. Hoje, o Conselho de Ministros deverá aprovar a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2017, que o Governo quer entregar no Parlamento no próximo dia 14 de Outubro.
Na semana passada, o secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças disse à Reuters que o OE para 2017 vai prever o corte do défice para ligeiramente abaixo de 2 pct com a aceleração do crescimento e que o Governo "está confortável" que em 2016 terá um défice inferior a 2,5 pct do PIB. era a meta imposta por Bruxelas para 2016 e compara com 4,4 pct do PIB em 2015, ano em que foi penalizado pelo resgate do Banif.
Recentemente, o primeiro-ministro António Costa admitiu que o PIB poderia crescer pouco acima de 1 pct, aquém dos 1,8 pct inicialmente previstos e dos 1,6 pct de 2015.
PRESS DIGEST:
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** China Minsheng 0245.HK formaliza oferta de compra de mais de 50 pct do Novo Banco (Público)
** Tributação sobre o arrendamento local vai disparar (Público)
** Emigrantes tiram 100 ME de depósitos em bancos portugueses, após dois anos de reforço. (Jornal de Negócios)
** Imposto sobre açucar: sumos de produção nacional ficam de for a (Expresso)
** Acabar com a sobretaxa pode não ser cumprido integralmente a 1 de Janeiro, diz António Costa (Diário de Notícias)
AGENDA NACIONAL
- Reunião do Conselho de Ministros deverá aprovar a proposta de Orçamento de Estado para 2017.
AGENDA INTERNACIONAL :
0700 IPC na Alemanha em Setembro
1330 Preços de importação e exportação nos EUA em Setembro
1330 Pedidos semanais de subsídio de desemprego nos EUA
(Por Sérgio Gonçalves)