MOSCOVO, 13 Fev (Reuters) - O Kremlin anunciou esta segunda-feira que houve conversações sobre um possível encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de uma Cimeira do G20 em julho, mas não há nada específico até ao momento.
Os dois líderes nunca se encontraram, mas ambos disseram querer tentar remendar os laços entre os dois países, que atingiram o pior nível desde a Guerra Fria após a anexação em 2014 da Crimeia pela Rússia.
No entanto, o novo governo dos EUA está pressionado quanto à Rússia porque Michael Flynn, assessor de segurança nacional de Trump, luta para superar uma controvérsia sobre conversas que teve com o embaixador russo nos EUA, Sergei Kislyak, antes de Trump assumir a Presidência.
Autoridades de alto nível da Casa Branca reviram no fim de semana contatos de Flynn e se ele discutiu a possibilidade de retirar sanções sobre a Rússia assim que Trump assumisse o cargo, que podem ser violações da lei que proíbe cidadãos privados de participarem na política externa.
Quando perguntado sobre isto nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres em conferência de imprensa que Flynn e Kislyak não discutiram a retirada de sanções.
"É claro que todo o embaixador informa ao centro (Moscovo) sobre todos os contatos que tem, então a informação chega a nós, mas não iremos comentar discussões internas que são feitas em Washington", disse Peskov.
Perguntado sobre se houve conversas entre representantes russos e norte-americanos quanto a um alívio de sanções, Peskov disse: "Já dissemos que não houve nenhuma (conversa)". (Reportagem de Maria Tsvetkova; Traduzido para ortuguês por Sérgio Gonçalves; Editado em português por Daniel Alvarenga)