AMESTERDÃO, 15 Jun (Reuters) - As 'yields' das obrigações italianas a 10 anos atingiram esta segunda-feira o seu nível mais baixo desde o final de Março, um movimento que, segundo os analistas, tem tido suporte do Banco Central Europeu, apesar da aversão generalizada ao risco por parte dos investidores devido ao receio de uma segunda vaga de casos de coronavírus.
Os dados económicos chineses decepcionaram e Pequim relatou o seu segundo dia consecutivo de novos casos recorde de COVID-19 na segunda-feira, todos ligados a um importante mercado grossista de alimentos.
Isto aumenta os receios dos investidores em relação a um pico nos Estados Unidos, onde vários Estados relataram um número recorde de novos casos nos últimos dias, azedando o optimismo nos mercados globais que tinham sido parcialmente alimentados por um levantamento gradual dos confinamentos implementados para conter a propagação do vírus.
As acções sofreram outro golpe na segunda-feira, enquanto os títulos de dívida pública beneficiaram, fazendo eco de movimentos na semana passada, quando os receios começaram a surgir.
"As pessoas aperceberam-se de novo de que subsistem muitos riscos e que não teremos uma recuperação em forma de V do ponto de vista económico", afirmou o estratega do banco DZ, Daniel Lenz.
Texto integral em inglês: Yoruk Bahceli; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)