🥇 Primeira regra dos investimentos? Saber quando deve poupar! Poupe até 55% na InvestingPro antes da BLACK FRIDAYOBTER OFERTA

Católica vê PIB Portugal contrair em cadeia até 20% no 2do Tri devido coronavírus

Publicado 08.07.2020, 12:39
Atualizado 08.07.2020, 12:42
© Reuters.

LISBOA, 8 Jul (Reuters) - A Universidade Católica prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal contraia, em cadeia, entre 13% e 20% no segundo trimestre de 2020, depois de uma contracção de 3,8% nos primeiros três meses do ano, devido à crise económica gerada pelo surto de coronavírus.

A estimativa do Forecasting Lab/NECEP da Universidade Católica aponta para que "no cenário base, a economia portuguesa terá contraído 13% em cadeia no segundo trimestre de 2020".

"Este cenário é justificado por quedas menos acentuadas em alguns setores, como é o caso da construção, bem como pela recuperação já evidenciada pelo comércio a retalho e pelas operações através da rede Multibanco, se bem que parcial e ainda distante dos níveis observados no final do ano passado", refere.

Realça que "no cenário alternativo, a economia portuguesa poderá ter contraído cerca de 20%, sendo esta estimativa suportada pela proporção muito elevada da população ativa, cerca de 25%, que esteve ausente do posto de trabalho normal durante o segundo trimestre".

Sublinha que este cenário é ainda sinalizado por alguns indicadores, como é o caso das vendas de veículos ou do número de dormidas em estabelecimentos turísticos.

Relativamente ao crescimento anual do PIB, o NECEP prevê quedas entre 5% - a mais optimista - e 17% - num cenário mais pessimista. O cenário central aponta para uma queda do produto de 10% em 2020.

"Esta projeção resultou da construção de cenários que permitem quedas do PIB entre 5% e 17% este ano, pelo que o valor de 7% indicado no Orçamento do Estado Suplementar de 2020 parece otimista já que pressupõe um segundo semestre do ano bastante favorável", frisou. Este cenário central do NECEP é compatível com uma taxa de desemprego de 9% no conjunto do ano.

Portugal está a levantar gradualmente o 'lockdown' imposto em 18 de Março, mas os efeitos da pandemia de coronavírus fizeram um buraco de 8,7 mil (ME) nas receitas públicas e impuseram um aumento da despesa de 4.300 ME.

Em 3 de Julho, o Parlamento português aprovou na votação final global o orçamento suplementar de 2020, com o PIB visto a cair 6,9% este ano e a taxa de desemprego a disparar para 9,6%. O défice é visto subir para 6,3% em 2020 e a dívida pública a aumentar para 134,4% do PIB em relação aos 117,7% do ano passado. importante que a dimensão da queda do PIB este ano é a dimensão da perda da atividade económica no último trimestre do ano. Se esta for inferior a 5% face a 2019, não é de excluir uma recessão curta com rápida recuperação da normalidade em termos de atividade económica", explica.

"Porém, se a queda for muito superior a 5% então a destruição de capacidade produtiva, emprego e rendimento só permitirá uma recuperação lenta e penosa até aos níveis observados em 2019. Ainda é muito cedo para antecipar, com base em dados concretos, o estado da economia no final do ano", conclui.

O Instituto Nacional de Estatística deverá anunciar a primeira leitura do PIB português relativo ao segundo trimestre a 14 de Agosto.

(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.