Confiança consumidores Portugal melhora em Dez'16 para máximo desde Agosto 2000

Publicado 03.01.2017, 11:13
Atualizado 03.01.2017, 11:20
© Reuters.  Confiança consumidores Portugal melhora em Dez'16 para máximo desde Agosto 2000

LISBOA, 3 Jan (Reuters) - A confiança dos consumidores melhorou significativamente em Dezembro, alcançando um máximo desde Agosto de 2000, enquanto o clima económico em Portugal se manteve estável face ao mês anterior, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de clima económico fixou-se em 1,2 em Dezembro último, ao mesmo nível do mês anterior, enquanto o indicador de confiança dos consumidores se situou em -8,2 , versus -10,5 no em Novembro de 2016.

"O indicador de confiança dos Consumidores aumentou nos últimos quatro meses, de forma mais significativa em dezembro, atingindo o valor máximo desde agosto de 2000", referiu o INE.

Explicou que "a evolução do indicador no mês de referência resultou sobretudo do contributo positivo das perspetivas relativas à evolução do desemprego e das expectativas relativas à situação económica do país".

"As perspetivas relativas à poupança e à situação financeira do agregado familiar também contribuíram positivamente", adiantou.

O INE sublinhou ainda que no mês de referência, o indicador de confiança diminuiu na Construção e Obras Públicas e no Comércio, tendo aumentado na Indústria Transformadora e nos Serviços.

O Orçamento de Estado (OE) para 2017 estima que o défice público português se situe nos 2,4 pct do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, ou seja uma décima abaixo da meta imposta por Bruxelas, visando cortá-lo para 1,6 pct em 2017.

Portugal quer colocar o défice público para, pela primeira vez em 42 anos de Democracia, abaixo do limite de 3 pct do Pacto em 2016.

O Governo prevê que o crescimento do PIB acelere três décimas para 1,5 pct em 2017, com a Formação Bruta de Capital Fixo - o tradicional 'calcanhar de Aquiles' da economia - a recuperar para uma subida de 3,1 pct em 2017, face à contracção de 0,7 pct em 2016.

No Orçamento, as exportações de bens e serviços são vistas acelerar para uma expansão de 4,2 pct, de 3,1 pct este ano, mas o primeiro-ministro está confiante numa melhor performance. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Daniel Alvarenga)

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