LISBOA, 30 Out (Reuters) - A confiança dos consumidores em Portugal subiu em Outubro de 2017, após ter diminuído em Agosto e Setembro, voltando a um patamar próximo do valor máximo da série atingido em Julho, enquanto o clima económico estabilizou em Setembro e Outubro, depois de uma descida em Agosto, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Adiantou que o indicador de confiança dos consumidores subiu para 2,1 em Outubro de 2017, contra 1,5 no mês anterior. Há um ano atrás, este indicador estava em -11,6.
Por seu turno, o indicador de clima económico fixou em 2,1 em Outubro corrente ano, o mesmo valor que registou nos dois meses anteriores. No período homólogo de 2016, este indicador situou-se em 1,3.
"A evolução do indicador de confiança dos consumidores em Outubro resultou do contributo positivo das expectativas relativas à evolução da poupança, da evolução da situação financeira do agregado familiar e da situação económica do país, mais significativo no primeiro caso, tendo as perspetivas sobre a evolução do desemprego contribuído negativamente", explicou.
Acrescentou que o indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou em Setembro e Outubro, após ter diminuído nos dois meses anteriores.
"No mês de referência, as perspetivas de produção e as apreciações sobre a procura global contribuíram positivamente para o comportamento do indicador, enquanto as opiniões sobre a evolução dos stocks de produtos acabados apresentaram um contributo negativo", salientou.
O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas diminuiu em Outubro, após ter atingindo em Setembro o máximo desde Julho de 2002, em resultado da evolução negativa das perspectivas de emprego, uma vez que as opiniões sobre a carteira de encomendas recuperaram ligeiramente.
O indicador de confiança do Comércio estabilizou em Outubro, após ter diminuído em Agosto e Setembro, verificando-se um contributo negativo das apreciações sobre o volume de vendas e sobre o volume de stocks e um contributo positivo das perspetivas de atividade.
O indicador de confiança dos Serviços diminuiu em Outubro, suspendendo o perfil positivo observado desde o final de 2012, refletindo o contributo negativo do saldo das apreciações sobre a atividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas, uma vez que as perspetivas sobre a evolução da procura recuperaram ligeiramente.
Portugal vê o Produto Interno Bruto a crescer 2,2 pct em 2018, uma ligeira desaceleração face aos 2,6 pct de 2017, mas quer cortar o défice para 1 pct do PIB em 2018 - o terceiro ano seguido em que alcançará o valor mais baixo em 42 anos de Democracia - contra 1,4 pct em 2017. Patrícia Vicente Rua)