LISBOA, 9 Jan (Reuters) - O défice da balança comercial de bens de Portugal agravou 28 pct para 3.547 milhões de euros (ME) nos três meses até Novembro de 2017, penalizado por um aumento das importações que se sobrepôs às exportações, em particular na compra de bens a países fora da União Europeia.
Considerando apenas o mês de Novembro, o ritmo de crescimento das exportações foi superior aos das importações, expandindo, respectivamente, 11,9 pct e 10,4 pct.
"O défice da balança comercial de bens foi de 867 milhões de euros em novembro de 2017, o que representa um acréscimo de 17 ME face ao mês homólogo de 2016", adiantou o INE.
"Excluindo os combustíveis e lubrificantes a balança comercial atingiu um saldo negativo de 430 ME, correspondente a uma diminuição do défice em 171 ME em relação ao mesmo mês de 2016".
Em Novembro de 2017, tendo em conta os principais países de destino em 2016, os maiores crescimentos face ao mês homólogo de 2016 registaram-se nas exportações para Espanha, França e Alemanha.
No caso das importações, o maior crescimento foram os bens provenientes de Espanha e Alemanha, que apresentaram os maiores aumentos, correspondentes a 9,5 pct e 11,8 pct, respectivamente.
O INE destacou o aumento das importações do Brasil, que quase triplicaram, fundamentalmente devido à aquisição de combustíveis minerais.
Ontem, o Ministro das Finanças disse que a economia portuguesa está a iniciar 2018 com uma pujança económica bastante interessante, que ajudará ao cumprimento do objectivo de reduzir o défice público para 1,1 pct do PIB, face a um nível inferior a 1,3 pct estimado para 2017. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)