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Défice balança corrente Portugal agrava Janeiro-Abril 2018 - BP

Publicado 20.06.2018, 12:55
Atualizado 20.06.2018, 13:00
© Reuters.  Défice balança corrente Portugal agrava Janeiro-Abril 2018 - BP

LISBOA, 20 Jun (Reuters) - O défice da Balança Corrente de Portugal aumentou quase quatro vezes para 722 milhões de euros (ME) nos primeiros quatro meses de 2018, face ao período homólogo, com o défice da balança de bens a subir cerca de 20 pct, segundo dados do Banco de Portugal (BP).

A balança corrente resulta da soma da balança comercial, com o investimento externo e transferências líquidas. Um valor positivo mostra que um país é credor líquido face ao exterior.

Portugal registou superhávits na conta corrente nos últimos cinco anos, mas os défices não são invulgares ao longo do ano.

O banco central realçou que "nos primeiros quatro meses do ano, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em -290 ME, depois de ter atingido 267 ME em igual período de 2017", frisando que "para esta evolução contribuíram todas as componentes, exceto a balança de serviços".

"Comparando com igual período de 2017, a balança de bens e a balança de serviços tiveram evoluções distintas", referiu.

Explicou que "o défice da balança de bens aumentou 684 ME; em contraste, o excedente da balança de serviços cresceu 362 ME, essencialmente devido à rubrica de viagens e turismo, cujo saldo passou de 2.110 ME para 2.428 ME".

"Até Abril, as exportações de bens e serviços cresceram 6,6 pct (6,4 pct nos bens e 6,9 pct nos serviços). As importações aumentaram 7,8 pct (8,6 pct nos bens e 4,2 pct nos serviços)", vincou.

Sublinhou que "o défice da balança de rendimento primário aumentou de 842 ME para 998 ME, sobretudo devido à diminuição dos dividendos recebidos do exterior".

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Frisou ainda que nos primeiros quatro meses de 2018, o saldo da balança financeira registou uma redução dos activos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 4 ME.

"São de destacar o aumento de activos líquidos do sector financeiro (incluindo o banco central) e o aumento de passivos face ao exterior resultante da aquisição de títulos de dívida pública portuguesa por não residentes", referiu o banco central.

(Por Patrícia Vicente Rua Editado por Sérgio Gonçalves)

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