Por Lucia Mutikani
WASHINGTON, 7 Mar (Reuters) - O défice comercial dos EUA subiu para o máximo de quase cinco anos em Janeiro, com telemóveis e o aumento nos preços de petróleo a ajudarem a elevar a factura de importação, sugerindo que o comércio pese novamente no crescimento económico no primeiro trimestre.
O Departamento do Comércio disse esta terça-feira que o défice comercial aumentou 9,6 pct para 48,5 mil milhões de dólares, o nível mais alto desde Março de 2012. O défice estava em linha com as previsões dos economistas. O défice comercial de Dezembro ficou inalterado em 44,3 mil milhões de dólares.
Sendo ajustado pela inflação, o défice comercial subiu para 65,3 mil milhões de dólares dos 62,0 mil milhões de dólares em Dezembro. Tanto as exportações quanto as importações ajustadas pela inflação foram as mais elevadas desde que há registos em Janeiro.
O mais largo défice comercial somou-se aos dados fracos, tais como os da nova construção e das despesas com consumo e construção, sugerindo que a economia está a lutar para recuperar o impulso anterior do primeiro trimestre, após o crescimento ter desacelerado para uma taxa anualizada de 1,9 pct nos últimos três meses de 2016.
A economia cresceu ao ritmo de 3,5 pct no terceiro trimestre.
O comércio tirou 1,7 pontos percentuais ao produto interno bruto no quarto trimestre. A Reserva Federal de Atlanta prevê o crescimento do PIB a uma taxa de 1,8 pct no primeiro trimestre.
Texto integral em inglês: por Lucia Mutikani; Traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)