COPENHAGA, 8 Nov (Reuters) - A Vestas, maior fabricante de turbinas de energia eólica do mundo, afirmou nesta terça-feira que espera uma desaceleração no próximo ano nos Estados Unidos, seu principal mercado, ofuscando o robusto resultado da companhia no terceiro trimestre e a melhoria nas projeções de vendas para este ano.
A empresa dinamarquesa e as suas rivais têm beneficiado de um novo foco em energias renováveis encorajado pelo Acordo de Paris sobre mudanças climáticas assinado em Dezembro passado e por uma extensão por cinco anos de um programa de créditos tributários nos EUA.
No entanto, enquanto a prorrogação dos créditos nos EUA é positiva para a indústria eólica, a Vestas disse que a medida poderia atingir os seus negócios no país no curto prazo pois dá mais tempo aos investidores para construirem as suas unidades, reduzindo a pressão para a implementação dos projetos em 2017.
"O que antecipamos dos gestores nos EUA e com a nossa visão externa desse mercado é que o nível de atividade nos EUA vai cair no próximo ano", disse a diretora financeira Marika Fredriksson, em entrevista à Reuters por telefone.
As acções da companhia caíam mais de 8 por cento, após terem subido até 4 por cento no início da sessão, quando a Vestas disse que quase dobrou o lucro ajustado do terceiro trimestre, para 433 milhões de euros (ME), face à expectativa de 312 ME apontada por analistas consultados pela Reuters.
A Vestas disse que 2016 provou ser um ano "extraordinário" e que agora espera que as vendas cresçam para entre 10.000 e 10.500 ME neste ano, ante um guidance anterior de no mínimo 9.500 ME. Já a margem da operação é vista agora em entre 13 e 14 por cento no ano, versus 12,5 por cento no guidance anterior. (Traduzido para português por Lisboa Editorial)