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LISBOA, 2 Fev (Reuters) - A economia portuguesa diminuiu 7,6% no ano passado na sua pior recessão desde 1936, com a pandemia da COVID-19 a provocar um declínio sem precedentes nas receitas do turismo, uma das suas indústrias nucleares.
A queda foi menos extrema do que a estimativa do governo de 8,5%, mas ainda quase o dobro da queda de 4,1% registada em 2012, quando o país estava sob um programa de austeridade ligado a um plano de ajuda internacional.
No quarto trimestre, o PIB aumentou 0,4% em relação aos três meses anteriores, mas ainda assim diminuiu 5,9% em relação ao ano anterior, disse o Instituto Nacional de Estatística (INE), numa estimativa provisória.
O governo impôs um recolher obrigatório nocturno e um confinamento parcial no início de Novembro, e apertou as restrições em meados de Janeiro, à medida que a epidemia se agravava. Prevê-se que a sua previsão de crescimento de 5,4% para este ano seja aparada.
O INE afirmou que a procura interna apresentou uma contribuição negativa significativa para a taxa de variação anual do PIB no ano passado, enquanto as exportações turísticas registaram "uma redução sem precedentes".
Quase metade das 726.321 infecções COVID em Portugal e 12.757 mortes causadas pela COVID-19 foram relatadas no mês passado, e os hospitais estão com falta de camas de cuidados intensivos e de pessoal médico.
O país tem a média mais alta do mundo de novos casos diários por milhão de habitantes, de acordo com o data tracker ourworldindata.org.
Texto integral em inglês: (Por Sergio Goncalves e Andrei Khalip, Editado por Andrei Khalip e John Stonestreet; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)