(Acrescenta comentário do Ministério das Finanças)
LISBOA, 14 Nov (Reuters) - O Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal abrandou o crescimento para 0,3% no terceiro trimestre de 2019, face ao trimestre anterior, quando a expansão foi de 0,6%, devido à quebra da procura externa líquida, apesar da procura interna se ter robustecido.
O Instituto Nacional de Estatística adiantou, na estimativa rápida, que a economia portuguesa cresceu 1,9%, em termos homólogos, um valor idêntico ao reportado no trimestre anterior.
"A economia portuguesa cresceu pelo 22º trimestre consecutivo, mantendo, na comparação homóloga, a mesma dinâmica de crescimento registada no trimestre anterior; e ultrapassando uma vez mais o crescimento da área do euro e da União Europeia, respetivamente 1,1% e 1,4%", segundo uma nota do Ministério das Finanças.
Sublinhou que o crescimento do PIB continua a ser pautado pelo crescimento do emprego e pela redução do desemprego.
"Comparativamente com o segundo trimestre de 2019, o PIB aumentou 0,3% em termos reais, face a uma variação em cadeia de 0,6% no trimestre anterior, refletindo o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, superior ao registado no segundo trimestre, e o contributo negativo mais intenso da procura externa líquida", explicou o INE.
Realçou que em termos homólogos, a procura interna registou um contributo positivo para a variação homóloga do PIB semelhante ao observado no segundo trimestre, verificando-se uma aceleração do consumo privado, enquanto o Investimento registou um crescimento menos intenso.
O contributo da procura externa líquida manteve-se negativo no terceiro trimestre, observando-se uma aceleração das Importações e das Exportações de Bens e Serviços.
"Portugal reforça assim a trajetória de convergência face à Europa que perdura já há mais de dois anos e manifesta resiliência relativamente à degradação do ambiente macroeconómico externo que tem marcado os trimestres mais recentes", frisou o Ministério das Finanças naquela nota.
Vincou que "a recuperação do investimento ao longo dos últimos anos, a estabilização do setor financeiro, o reequilíbrio das contas externas e os progressos alcançados na consolidação estrutural das contas públicas são pilares fundamentais para a atual dinâmica da economia portuguesa e bases sólidas para a sua evolução futura".
O Governo prevê que a economia cresça 1,9 pct em 2019 contra 2,2 pct em 2018 e 2,8 pct em 2017 - o maior crescimento desde o início do século. (Por Patrícia Vicente Rua e Gdansk Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves)