(Acrescenta comentário Ministério das Finanças)
LISBOA, 14 Fev (Reuters) - A economia portuguesa acelerou no quarto trimestre de 2017, crescendo 0,7 pct, face ao trimestre anterior, com o produto no conjunto do ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em 17 anos, superando a previsão do Governo, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística.
Adiantou que a subida homóloga no quarto trimestre foi de 2,4 pct, colocando o crescimento do PIB em 2017 nos 2,7 pct, acima dos 2,6 pct estimados pelo Governo. Em 2016, o PIB de Portugal tinha sido de 1,5 pct.
"A economia portuguesa cresce pelo décimo quinto trimestre consecutivo, mas agora num contexto de maior equilíbrio das contas públicas e das contas externas", afirmou o Ministério das Finanças, em comunicado.
Sublinhou que "este crescimento económico está ligeiramente acima do previsto pelo Governo no Orçamento do Estado de 2018, corroborando a solidez dos cenários macroeconómicos subjacentes às projeções orçamentais".
"Em 2017, o PIB aumentou 2,7 pct em volume, mais 1,2 pontos percentuais que o verificado no ano anterior", referiu o INE.
Realçou que esta evolução resultou do aumento do contributo da procura interna, refletindo principalmente a aceleração do Investimento, uma vez que a procura externa líquida apresentou um contributo idêntico ao registado em 2016.
O Executivo tinha projectado uma expansão do PIB de 2,6 pct em 2017 e um abrandamento para 2,2 pct em 2018.
As Finanças realçam ainda que "este crescimento económico é socialmente mais equitativo, assente na criação de emprego e numa gestão criteriosa das contas públicas".
PIB EM CADEIA ACELERA
Comparativamente com o terceiro trimestre de 2017, o PIB aumentou 0,7 pct em termos reais, uma taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada no trimestre anterior, com o contributo da procura externa líquida a passar de negativo a positivo e uma aceleração mais intensa das Exportações de Bens e Serviços que das Importações de Bens e Serviços.
Por sua vez, o contributo da procura interna diminuiu no quarto trimestre, devido sobretudo ao abrandamento do consumo privado.
Em termos homólogos, o INE salienta que "o Produto Interno Bruto aumentou 2,4 pct em volume no quarto trimestre de 2017, de 2,5 pct no trimestre anterior", vincando que "o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu, em resultado do abrandamento do Investimento e do consumo privado".
"Em sentido oposto, o contributo da procura externa líquidafoi positivo (no trimestre anterior tinha sido negativo), refletindo a aceleração em volume das Exportações de Bens e Serviços e a desaceleração das Importações de Bens e Serviços", destacou. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Daniel Alvarenga)