Por Kevin Yao e Elias Glenn
PEQUIM, 19 Out (Reuters) - A economia da China teve um crescimento homólogo de 6,7 por cento no terceiro trimestre de 2016, inalterado face ao trimestre anterior e em linha com as expectativas, devido a maiores gastos do Governo e a um 'boom' imobiliário, que compensou as fracas exportações.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que o produto interno bruto (PIB) crescesse 6,7 por cento no período de Julho a Setembro, estável em relação ao primeiro e ao segundo trimestres.
O crescimento do investimento imobiliário subiu para 5,8 por cento entre Janeiro e Setembro, um ligeiro aumento comparando com os 5,4 por cento nos primeiros oito meses do ano.
No entanto, muitas cidades estão a tomar medidas para restringir as vendas de casas num momento em que os preços recuperaram mais de 50 por cento em alguns lugares, aumentando os receios de que a expansão possa sofrer um impacto negativo.
"Olhando para a frente, acreditamos que as medidas de arrefecimento do mercado imobiliário vai pesar sobre a economia chinesa nos próximos trimestres", disse Zhou Hao, economista do Commerzbank, em Hong Kong, numa nota.
Dados oficiais mostraram que o consumo contribuiu para 71 por cento do crescimento do PIB nos três primeiros trimestres do ano, em comparação com uma contribuição de 66,4 por cento no mesmo período de 2015.
O PIB cresceu 1,8 por cento em relação ao trimestre anterior, disse esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatísticas, em linha com as expectativas do mercado e ligeiramente abaixo da expansão revista de 1,9 por cento registado entre Abril e Junho.
O Governo estabeleceu uma meta de crescimento de entre 6,5 a 7 por cento para o ano. A economia cresceu 6,9 por cento em 2015, a sua taxa mais fraca em um-quarto de século.
O Instituto Nacional de Estatísticas disse numa declaração que muitos factores de incerteza persistem na economia e que as bases para um crescimento sustentado não são sólidos.
(Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)