LISBOA, 15 Fev (Reuters) - Os proveitos de turismo em Portugal aumentaram 17 pct para 2.900,7 milhões de euros (ME) em 2016, suportados numa nova aceleração das dormidas, nomeadamente dos não residentes, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
As dormidas na hotelaria em Portugal aumentaram 9,6 pct para 53.526 milhões entre Janeiro e Dezembro de 2016, face ao ano anterior, com as dormidas dos residentes a subirem 5,2 pct e as dos não residentes a dispararem 11,4 pct.
"No conjunto do ano de 2016, os estabelecimentos hoteleiros registaram 19,1 milhões de hóspedes e 53,5 milhões de dormidas, a que corresponderam aumentos de 9,8 pct e 9,6 pct respetivamente", frisou o INE.
Explicou que "o mercado interno contribuiu com 15,2 milhões de dormidas e os mercados externos com 38,3 milhões. Os hóspedes não residentes representaram 71,5 pct das dormidas totais, versus 70,4 pct no ano anterior".
As receitas totais aumentaram 17 pct para 2.900,7 ME e as de aposento cresceram 18 pct para 2.096,8 ME.
Em Dezembro, a hotelaria portuguesa recebeu 1,1 milhões de hóspedes e 2,5 milhões de dormidas, mais 8,1 pct e 11 pct face ao mês homólogo de 2015, tendo as dormidas dos residentes subido 5 pct e as dos não residentes 14,8 pct.
O INE referiu que os treze principais mercados emissores representaram 82,9 pct das dormidas de não residentes em dezembro e apresentaram resultados maioritariamente positivos.
As dormidas de hóspedes do Reino Unido aceleraram no final do ano, subindo 15,8 pct face a 13,5 pct em Novembro. Em termos anuais, este mercado deteve uma quota de 23,9 pct e cresceu 9,8 pct. Em 2015 tinha crescido 9,5 pct.
Realça que, tal como no mês anterior, o Brasil destacou-se com um acréscimo assinalável em Dezembro, de 74,4 pct, sendo também de destacar os EUA e a Polónia, ambos com 25,1 pct, assim como os Países Baixos, com um aumento de 20,9 pct.
Em termos anuais, o INE destaca as evoluções dos mercados norte-americano e polaco, com aumentos homólogos de 20,8 pct e 20,1 pct.
O turismo tem sido um dos pilares da economia na batalha para fomentar o crescimento e foi apontado como um dos principais motores da expansão homóloga de 1,9 pct da economia no quarto trimestre que surpreendeu pela positiva.
Portugal cresceu em cadeia 0,6 pct no quarto trimestre de 2016, ligeiramente mais do que o previsto, após o forte crescimento de 0,8 pct no trimestre anterior. Expandiu 1,9 pct em termos homólogos, permitindo que a economia portuguesa tenha crescido 1,4 pct no conjunto do ano passado, suplantando a meta do Governo.
O actual executivo socialista previa um crescimento do PIB de 1,2 pct em 2016 e estima que uma expansão de 1,5 pct em 2017.
(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)