NOVA YORK, 30 Ago (Reuters) - As ações da Apple foram as que mais pressionaram os índices acionários dos Estados Unidos, após reguladores antitruste determinarem que a companhia pague cerca de 14,5 bilhões de dólares em impostos para o governo da Irlanda, mas os ganhos dos bancos limitaram as perdas.
O índice Dow Jones .DJI recuou 0,26 por cento, para 18.454 pontos, o S&P 500 .SPX teve queda de 0,2 por cento, encerrando a 2.176 pontos, enquanto o Nasdaq Composite .IXIC caiu 0,18 por cento, a 5.222 pontos.
O S&P 500 caiu pela quarta vez em cinco sessões, mas ainda estava a 1 por cento de sua máxima recorde, estabelecida mais cedo este mês. Setores cíclicos, que devem ter melhor performance em uma economia em expansão, assumiram a liderança nas últimas semanas, com os dados econômicos pintando um cenário mais otimista para a economia norte-americana.
A confiança dos consumidores norte-americanos subiu para a máxima em 11 meses em agosto, com as famílias mais otimistas sobre o mercado de trabalho. Os dados sobre o mercado de trabalho na sexta-feira podem reforçar as chances de alta das taxas de juros nos EUA, conforme foi insinuado na semana passada por autoridades do Federal Reserve.
Apostas de recuperação dos rendimentos de títulos de renda fixa deram suporte às ações de bancos. O índice do setor financeiro do S&P 500 .SPSY acumula alta de 1,8 por cento na semana até agora, ante avanço de 0,3 por cento do S&P.
"A economia está indo bem, o mercado de trabalho ainda está indo bem, há razões para pensar que as taxas (de juros) já tocaram o fundo do poço e isso é bom para o setor financeiro", disse o diretor de investimentos, estratégias de ativos variados e soluções da Voya Investment Management, Paul Zemsky.
Mas as ações da Apple AAPL.O caíram 0,77 por cento e pesaram sobre os principais índices, após a Comissão Europeia ordenar que a fabricante do iPhone pague à Irlanda até 13 bilhões de euros (14,5 bilhões de dólares) em impostos não pagos. A Comissão Europeia entendeu que a empresa recebeu ajuda do governo ilegalmente.
(Por Rodrigo Campos)