Governo vê bancos Portugal mais saudáveis no fim 2016, crucial antes eventual veículo

Publicado 20.09.2016, 15:07
Governo vê bancos Portugal mais saudáveis no fim 2016, crucial antes eventual veículo
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* Veículo Malparado permite sinergias, reduzir custos bancos

* Sec Estado diz venda Novo Banco nas mãos do Banco Portugal

Por Daniel Alvarenga

LISBOA, 20 Set (Reuters) - Os bancos portugueses vão chegar ao final de 2016 mais capitalizados e "saudáveis" do que há um ano atrás, que será crucial para decidirem se avançam para a criação de um eventual veículo para crédito malparado, segundo o Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças.

"Estamos em querer que no final deste ano teremos um sistema financeiro numa situação bem mais saudável e bem melhor do que aquela em que estava há um ano e a partir daí caberá também aos bancos (decidir) como farão esse saneamento dos activos passados não-produtivos", disse Ricardo Mourinho Félix, em declarações aos jornalistas.

Salientou que os bancos têm de estar bem capitalizados e preparados antes de acederem a um futuro mecanismo de insolvência e recuperação de empresas

"Qualquer solução tem de ter o envolvimento das administrações dos bancos. A criação de um veículo pode ser uma forma mais eficiente de fazer essa recuperação: permite explorar sinergias, reduzir os custos fixos", afirmou o Secretário de Estado.

"É importante é que o veículo que possa ser pensado tenha em conta que é um meio para resolver o problema, não uma solução em si mesma".

Segundo o Banco de Portugal, a criação de um veículo para absorver o elevado crédito malparado enfrenta fortes restrições do quadro europeu e o seu financiamento deve ser proveniente "primordialmente" do sector privado. analistas, incluindo a agência de notação Fitch, têm alertado que uma solução para o crédito malparado deverá enfrentar demoras e complicações, pois os empréstimos problemáticos continuam a subir e a elevada dívida pública dificulta a criação de um 'banco mau' financiado pelo Estado.

"A solução é os bancos terem os níveis de capital adequados e é nesse sentido que estamos a trabalhar e temos a certeza que no final do ano estaremos em situação melhor", vincou Ricardo Mourinho Félix.

"A adesão a esse veículo tem de ser sempre algo que seja entendido pelos bancos como útil, não como algo forçado ou imposto. Isso não é útil nem para os bancos, nem para o Estado, nem para a economia nem para o financiamento da economia".

NOVO BANCO É COM BANCO PORTUGAL

O Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, lembrou que o processo de venda do Novo Banco está a decorrer.

"Em relação ao 'timing' da venda cabe ao Banco de Portugal e directamente à autoridade de resolução tomar uma decisão tendo em conta as propostas", disse.

"Há um processo que é público que foram recebidas quatro propostas, as propostas estão a ser analisadas. São processos complexos em que os investidores exigem, naturalmente, informação adicional. Esse processo de discussão e partilha de informação tanto quanto sabemos continua a decorrer".

Em Julho, o Banco de Portugal anunciou recebeu quatro propostas para a compra do Novo Banco, na segunda tentativa de alienação deste 'good bank', que emergiu dos escombros do colapsado Banco Espírito Santo.

Na corrida estão os fundos Apollo APO.N com a Centerbridge, o Lone Star, o BPI BBPI.LS e o Millennium bcp BCP.LS . Contudo, o Millennium bcp não avançou com uma proposta de preço. (Editado por Sérgio Gonçalves)

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