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Sindicato bancários quer comprar posição capital Novo Banco em parceria com Lone Star

Publicado 21.02.2017, 14:27
© Reuters.  Sindicato bancários quer comprar posição capital Novo Banco em parceria com Lone Star

Por Sergio Goncalves

LISBOA, 21 Fev (Reuters) - O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) quer adquirir uma participação no capital do Novo Banco em parceria com o fundo norte-americano Lone Star, que está em negociações exclusivas para a compra daquele banco de transição, segundo o presidente do SNQTB.

Adiantou que "a intenção de participar no capital do Novo Banco surge na sequência do convite formulado pela Lone Star a vários investidores portugueses".

"Sendo o sindicato mais representativo dos trabalhadores bancários portugueses, o SNQTB não pode alhear-se da sua responsabilidade", disse o presidente deste sindicato, Paulo Marcos, em comunicado.

"O projecto para o Novo Banco deve ser o de garantir uma instituição com futuro e não uma oportunidade de especulação financeira. Estamos disponíveis para uma participação no capital ou para um sistema de co-gestão", acrescentou.

O SBQTB "já manifestou a sua intenção de ser parte activa no processo de aquisição desta instituição bancária através de uma carta enviada ao Governador do Banco de Portugal e ao Fundo de Resolução" e hoje reúne-se com a administração do Novo Banco.

A Lone Star está empenhada em chegar a um acordo final com o Banco de Portugal (BP) para comprar o 'good bank' Novo Banco, após ter sido escolhido para uma negociação exclusiva, disse ontem o presidente da Lone Star para a Europa. que, após uma análise aprofundada da instituição ao longo dos últimos meses, está consciente da "importância do Novo Banco para o futuro da economia portuguesa", frisando: "estamos profundamente confiantes no futuro do Novo Banco".

Também ontem, acerca da possibilidade da Lone Star comprar uma parcela de controlo e não a totalidade do capital do novo Banco, o ministro das Finanças Mário Centeno disse: "é uma matéria que está no contexto negocial, estamos a evoluir de forma positiva".

"O que existe no caderno de encargos é uma venda a 100 pct, mas existe também uma segunda via de negociação possível que não envolve a venda de 100 pct. Há diferentes 'carris' negociais que o BP tem trilhado, temos de aguardar", afirmou Mário Centeno, reiterando que não haverá garantias de Estado.

Portugal está numa corrida contra o tempo para vender este banco de transição que nasceu dos escombros do Banco Espírito Santo (BES), 'resolvido' em 2014, pois Bruxelas fixou Agosto de 2017 como prazo limite para a venda.

A 'private equity' Lone Star já tinha dito que via "enorme potencial" no Novo Banco e que ia trabalhar "incansavelmente" para selar a compra, estando disposta a injectar o capital necessário para garantir que o 'good bank' continuará um pilar forte do sector. INTERVIR

"O novo acionista deve assegurar a viabilidade desta instituição e, neste âmbito, é desejável que os colaboradores tenham uma efetiva intervenção na gestão e no futuro do Novo Banco, tal como acontece nas mais avançadas economias europeias", disse o presidente do SNQTB.

Paulo Marcos "está convicto que a Lone Star implementará um projeto com base na manutenção do valor, no crescimento do Banco e na valorização dos trabalhadores de um dos mais eficientes bancos europeus", não estando disponível para participar em projetos que redundem na destruição de valor ou eliminação de postos de trabalho.

A 'private equity' Lone Star é um fundo norte-americano que, desde que estabeleceu o primeiro fundo pela mão de John Grayken em 1995, organizou 17 fundos 'private equity' com compromissos agregados de capital superiores a 70.000 milhões de dólares.

O Governo tem frisado o papel central do Novo Banco no sistema bancário português por causa da forte presença no financiamento às pequenas e médias empresas, referindo que futuras decisões têm que ter esta importância em conta.

No âmbito da resolução do BES, o capital do Novo Banco foi injectado com 4.900 milhões de euros (ME), tendo o Tesouro concedido um empréstimo de 3.900 ME ao Fundo de Resolução. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)

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