Poupe 40%
Novo! 💥 Adira a ProPicks e veja a estratégia que superou o S&P 500 em + de 1,183% Poupe 40%

Ambiente para investir na RD Congo é agora mais atrativo

Publicado 10.10.2022, 17:30
Atualizado 10.10.2022, 17:40
Ambiente para investir na RD Congo é agora mais atrativo

É o segundo maior país de África e o terceiro mais populoso. A República Democrática do Congo é um ator-chave no continente e tem uma das taxas de crescimento mais fortes da região.

Orientar os investidores e avaliar os pontos fortes e fracos do país: esse é o objetivo da "Conferência de Risco do País" organizada pela primeira vez na RDC.

Os principais intervenientes na vida política e económica reuniram-se em torno de um relatório escrito pela agência de notação pan-africana Bloomfield. Foram analisados vários dados: critérios macroeconómicos, bem como critérios sociais e de segurança. No final, o país recebeu uma classificação de 5,1 em 10.

"A classificação 5,1 representa um risco moderado, um risco mediano moderado. Isto significa que a RDC é um país com muito potencial, com reformas que estão a ser postas em prática mas também com fraquezas", explica Stanislas Zezé, CEO da Bloomfield.

Entre estas dificuldades estão a falta de infraestruturas, os riscos de segurança no leste e os problemas de corrupção. No entanto, as agências internacionais de notação Moody's e Standard and Poor' s atualizaram recentemente a notação soberana do país. Isto é um sinal de que o contexto económico está a melhorar.

O Ministro das Finanças, Nicolas Kazadi, está determinado a continuar esta dinâmica de mudança: "Em termos de finanças públicas, temos um roteiro extremamente ambicioso que estamos a implementar como parte do programa com o FMI. É essencialmente para melhorar a transparência das receitas, uma reforma fiscal para criar um ambiente empresarial mais favorável, e também para lutar contra a corrupção, particularmente através do reforço da digitalização das finanças públicas, tanto em termos de receitas como de despesas", explica.

Uma melhoria do rating

Em Junho de 2022, a República Democrática do Congo obteve a primeira classificação da dívida soberana em moeda local, pela Bloomfield. Antes disso, a agência Standard and Poor's tinha baixado o risco associado à dívida soberana de CCC+ para B-. E, há um ano a Moody's alterou o rating do pais de estável para positivo.

"Pela primeira vez, no ano passado, as reservas obrigacionistas aumentaram apenas em virtude do funcionamento da economia, isto é muito importante porque o aumento das reservas permite reforçar a estabilidade macroeconómica do país", referiu Aurélien Mali, especialista da Moody's.

A aposta nas infraestruturasEstão a ser feitos esforços ao nível das infraestruturas. Este Verão, as autoridades inauguraram uma nova estação de tratamento de águas em Kinshasa. Construída em parceria com a Coreia do Sul, a fábrica Lemba-Imbu trata hoje 35 mil metros cúbicos de água por dia. A médio prazo, o número de habitantes com acesso à água potável devrá aumentar de forma significativa.

"No final da terceira fase, a fábrica terá de servir uma população de 3 milhões de pessoas, até 2026, 2027", explicou Hasani Abyo, engenheiro da Regideso.

Setor mineiro move economia do paísO setor mineiro continua a ser o motor essencial do crescimento congolês. E o país tem recursos-chave para a transição energética: cobre, cobalto e lítio.

O grupo ERG é um dos maiores investidores nestas atividades. O CEO confirma o enorme potencial do país. Diz Benedikt Sobotka, CEO do grupo: "Se tiver um telemóvel, tem 100% de certeza de que uma pequena parte da bateria é da RDC. É também o único país que poderá fornecer materiais suficientes para fornecer a incrível quantidade de materiais que serão necessários aos setores eletrónico e dos transportes - veículos elétricos, baterias estacionárias, armazenamento de energia - o número é enorme".

Se tiver um telemóvel, tem 100% de certeza de que uma pequena parte da bateria é da RDC

Benedikt Sobotka CEO do grupo ERG

Café e novas oportunidadesMas para além da riqueza mineral, o país pretende também diversificar a economia. A vasta terra arável da RDC também oferece oportunidades no setor agrícola.

Tisya Mukuna, criadora de uma marca de café congolesa, é a encarnação de uma nova geração de empresários determinados a pôr o país em movimento. Foi a primeira a cultivar café orgânico na região de Kinshas, há três anos.

Este verão, acaba de abrir uma pequena fábrica para torrar e embalar o café, na capital. Tem sido uma viagem acidentada, mas nada intransponível: "No início, a história que tenho com o café é uma história de paixão. Uma paixão pela agricultura em geral, plantar coisas, cultivar coisas e a aposta louca de cultivar café aqui em Kinshasa, apesar de todos me terem dito que era impossível", conta Tisya Mukuna, fundadora da "La Kinoise".

View this post on Instagram A post shared by Café La Kinoise (@la.kinoise.cafe)

Desde a colheita até à embalagem, Tysia tem como objectivo controlar toda a cadeia de produção deste café 100% local. Algo que exigiu energia e perseverança.

"A parte mais difícil foi realmente a industrialização: encontrar as máquinas, importá-las, os incómodos com a alfândega, montá-las. É também uma questão de energia, a eletricidade para gerir esta fábrica. É uma grande ambição. Requer um ecossistema bastante estável. Por exemplo, as estradas que conduzem à plantação, quando chove, ficam imediatamente intransitáveis. Portanto, tudo isto faz parte de um ecossistema que aumenta as dificuldades para a empresa. Mas não é impossível. A prova: estamos agora em quatro cidades do Congo", acrescenta.

A ambição da Tysia é tornar o seu café conhecido e vendido para além das fronteiras da RDC. Um exemplo inspirador para todos aqueles que querem investir no país e agarrar as oportunidades para o futuro.

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.