Em Amesterdão, há mais bicicletas do que habitantes e os ciclistas estão na vanguarda do planeamento da cidade. Este verão, o município fechou uma das principais artérias de tráfego aos automóveis. A experiência de seis semanas causou confusão e dividiu os residentes.
Alguns dizem que se sentem aliviados porque ouvem menos barulho e confusão. Outros, dizem que é muito difícil andar na cidade quando é preciso utilizar o carro.
Para a Câmara Municipal, a redução do tráfego automóvel é uma prioridade. Desde 2019, a autarquia decidiu retirar o maior número possível de lugares de estacionamento no centro da cidade, tendo em conta que agora existe um novo inimigo: a falta de espaço.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Amesterdão sublinha que os carros ocupam muito espaço. "Por isso, também estamos a tentar diminuir o tráfego automóvel para que haja mais espaço para os ciclistas e peões", revela Melanie Ter Horst.
A vice-presidente da autarquia destaca "outro problema que outras cidades talvez ainda não conheçam: onde é que se estacionam todas as bicicletas? ". Para minimizar o problema, estão a ser construídos muitos parques de estacionamento subterrâneos para bicicletas.
O exemplo mais recente é um parque de estacionamento subaquático, com espaço para 7 mil bicicletas, situado perto da Estação Central de Amesterdão.
Cerca de 200 mil pessoas deslocam-se diariamente de comboio, ferry, elétrico, autocarro e metro - e cerca de metade chega à cidade de bicicleta.
A cidade espera que este tipo de projeto ajude a resolver o problema da falta de espaço.