Se a saúde do planeta exige uma redução considerável no uso de petróleo, a escassez da oferta, e o consequente aumento do preço do "ouro negro" também apontam nesse sentido. Esta terça-feira, o barril de Brent chegou a ser negociado acima dos 80 dólares, o que não se verificava desde outubro de 2018 e que é praticamente o dobro do que se verificava há um ano. Tudo indica que o preço do barril continue a crescer.
Na origem da subida está o receio que a oferta atual seja insuficiente para fazer face ao aumento do consumo provocado pelo regresso à atividade plena após o levantamento das medidas de restrição para travar a covid-19.
Também por trás do aumento estão as previsões de especialistas do setor, como a Goldman Sachs (NYSE:GS), que afirmou esta semana que o barril de petróleo poderia chegar aos 90 dólares até final do ano.
No Reino Unido, o medo não se fez sentir nos mercados, mas no dia-a-dia dos cidadãos. A dificuldade de distribuição de combustível provocada pela falta de camionistas levou milhares de pessoas a apressar-se para os postos de abastecimento, piorando consideravelmente a situação e levando ao encerramento de várias estações de serviço.