O Banco Central Europeu anunciou esta quinta-feira a redução dos estímulos monetários criados para contrariar o efeitos da pandemia.
O BCE vai assim reduzir o ritmo de aquisição de títulos de dívida pública no último trimestre deste ano.
Numa declaração, o banco afirma que a decisão assenta numa avaliação conjunta das condições de financiamento levando em linha de conta igualmente o cenário da inflação.
O programa de emergência de aquisição de dívida pública foi implementado em março de 2020 com o objetivo de apoiar as economias da zona euro. Prevê-se que o programa termine em março de 2022 alcançando um total de 1,85 biliões de euros.
A decisão segue-se a uma forte recuperação do crescimento na zona euro e aumento da inflação à medida que os vários programas nacionais de vacinação avançam aumentando a atividade económica.
"Prevê-se que as atividades económicas excedam os níveis da pré-pandemia até ao final do ano. Com mais de 70% dos adultos da União Europeia totalmente vacinados, as economias reabriram permitindo aos consumidores gastarem mais e às empreas o aumento da produção", afirmou a presidente do BCE, Christine Lagarde.
O BCE reviu em alta as projeções de crescimento ainda para este ano que poderá atingir 5%.
No entanto, a institutição adianta que as maioria das medidas de estímulo económico permanecem em vigor e que o banco não hesitará em promover mais medidas de estímulo caso sejam necessárias.